quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Fahrenheit 451 – Ray Bradbury



Na linha Antiutopia (Distopia) de “1984” de George Orwell ou de “Admirável Mundo Novo” de Huxley, “Fahrenheit 451” é uma obra tida de ficção científica mas que, na verdade, é de pura ficção política que, mesmo editada há 56 anos, faz todo o sentido nos dias de hoje.

A cidade de “Fahrenheit 451” é uma pequena cidade algures nos Estados Unidos cuja comunidade vive de uma forma ordeira, harmoniosa e pacífica. Diferente do que conhecemos, é que nesse mundo de Fahrenheit, os livros são proibidos e vistos como sendo um veículo pernicioso para a sociedade. Para os combater, literalmente queimar, existe os bombeiros que, em vez de apagar fogos, queimam livros.

Guy Montag é um desses bombeiros. Profissional dedicado, tem uma vida dividida entre o dever profissional e a sua mulher Mildred. Curioso analisar o papel de Mildred. Atascada em pílulas que a tornam uma espécie de robot, ela age como uma autónomo, sem vontade própria, sem conhecimento da realidade. Na minha opinião é nela que Bradbury expressa uma das grandes críticas á sociedade: o adormecimento para a realidade, à manipulação que as pessoas são sujeitas pela TV e por sistemas políticos castradores.

Duas vidas vazias, cheias de nada, sem qualquer tipo de expectativas futuras, simplesmente vivem, respiram.

Um dia Montag conhece uma adolescente, a misteriosa Clarisse e, do pouco que falam, Clarisse, que ousa pensar e inquirir o mundo que a rodeia, faz nascer em Montag a necessidade de inquirir, de olhar em volta e perceber a forma como o sistema político controla e manipula as pessoas.

É nesses breves encontros, que pouco depois findam por Clarisse ter sido morta (brutal quando Clarisse refere o facto normal das crianças desta distopia se matarem umas às outras e que ANTES não era assim), Montag percebe a importância dos livros acabando por esconder alguns em sua casa. Acaba sendo denunciado e vê a sua casa ser invadida pelos colegas de trabalho que se propõe a fazer o que ele sempre fez sem indagar: queimar os livros que lá existem.

Esta é uma obra-prima da literatura.

Obviamente que se trata de uma crítica à manipulação política que todos os governos, desde sempre, fizeram e fazem. No entanto é também um grito de revolta à ausência de comunicação entre as pessoas, ao hipnotismo que a TV provoca nas massas e ao vazio que esse hipnotismo provoca, pois são vidas sem sentido, monótonas, inúteis, que bebem o que a TV lhes dá, que lhes retiram a capacidade de inquirir o mundo que os rodeia.

Por outro lado, o facto de Montag se revoltar contra aqueles que reprimem é, também, uma analogia aqueles que ousam revoltar-se, ser politicamente incorrectos, contra o preestabelecido, aqueles que ousam ser do contra, que ousam emitir uma crítica, uma opinião e não são “Yes Man” que pululam pelo mundo fora.


Todo o livro é uma denúncia, uma chamada de alerta no sentido de abanar consciências.

Na minha opinião, independentemente se acho que essa chamada fez efeito, o que interessa é que, quem o lê, ficar com essa consciência e, sobretudo, a consciência do seu papel na sociedade. O facto de pensar, inquirir e ousar dar uma opinião, já faz de qualquer um de nós um Montag.

De facto este é um livro que fica.



Classificação: 6

Novidades "Publicações Europa-América"


Título: No Tempo em Que Outros Homens Viviam na Terra
Subtítulo: Novas Perspectivas sobre as Nossas Origens
Autor: Jean-Jacques Hublin e Bernard Seytre
Colecção: Fórum da História
Preço: 18.50€Pp.: 200


Geneticamente, o Homem é um símio à semelhança do chimpanzé e do gorila.
Mas quais são as suas origens? Como e quantas espécies houve até que ele se tenha transformado em ser humano?
Este livro informa o leitor das últimas descobertas feitas neste domínio, já que mais de metade dos fósseis humanos que hoje conhecemos foram descobertos nos últimos vinte anos. Entretanto, surgiram novas técnicas que nos permitem analisar a estrutura molecular do esqueleto dos nossos ancestrais, descodificar os seus genes, reconstituir a sua dieta alimentar, de forma a compreender melhor a sua evolução cultural.
O leitor ficará a saber que estudamos os chimpanzés para compreender melhor os comportamentos dos primeiros homens, que a nossa evolução não é linear, já que é uma amálgama de espécies, marcada pela coexistência de diferentes linhagens e por inúmeras extinções, que foi na África que os nossos antepassados deram início à conquista de novas terras para povoar, que os neandertais e os homens de Cro-Magnon se encontraram, ou se defrontaram, algures entre o mar Negro e o oceano Atlântico, ou ainda que grande parte das doenças de que os homens sofrem nos dias de hoje podem ser explicadas à luz do seu passado de caçadores e de recolectores.
Uma leitura que mudará completamente a sua visão sobre as origens do Homem e o lugar que ele ocupou na Natureza.
Jean-Jacques Hublin é um dos melhores especialistas da evolução dos homens. Depois de ter sido director de uma equipa de investigação no CNRS, ele ensinou Paleontologia na Universidade de Bordéus, bem como em outras universidades dos EUA. Em 2004 fundou, no Instituto de Antropologia Evolutiva Max Planch de Leipzig (Alemanha), o departamento de Evolução dos Homens, do qual é director.Bernard Seytre é director da agência Dire la Science, autor e jornalista científico. Ele também organizou exposições e realizou documentários no domínio da saúde e sobre o tema da evolução do Homem.

Título: Escola de Futebol – Remate Certeiro
Autor: Jefferies e Golfe
Colecção: Europa-América Juvenil
Preço: 12.36€
Pp.: 112
O Tomás está em maré de azar.
O Tomás sabe que tem talento para entrar na equipa principal da Escola de Futebol. Pois a sua meia da sorte nunca o deixou ficar mal. E o Tomás é imbatível! Pelo menos até perder a sua meia da sorte. E como a selecção dos jogadores da equipa principal está à porta, o Tomás tem muitas dúvidas sobre o seu talento. Assim, em maré de azar, Tomás está disposto a tudo para recuperar a sua meia da sorte, até a ver um cartão vermelho…

Título: Escola de Futebol – Um Talento Promissor
Autor: Jefferies e Golfe
Colecção: Europa-América Juvenil
Preço: 12.36€
Pp.: 112
O Tiago está prestes a enfrentar o maior desafio de futebol de sempre.
O Tiago é a estrela da equipa de futebol da escola e sabe que vai fazer parte da equipa principal quando entrar para a escola secundária. Mas tudo está prestes a mudar. O Tiago é escolhido por um olheiro e convidado para as provas de selecção na melhor escola de futebol do país. E esta ideia não lhe sai da cabeça. Mas há muita competição na escola e o Tiago tem ainda de lidar com uma lesão. Será que ele vai conseguir entrar na Escola de Futebol?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Um Amor em Tempos de Guerra – Júlio Magalhães


Eis o segundo livro que me fez chorar!

António, menino travesso, sabe de duas coisas: a primeira é que o vizinho da frente é um homem poderoso, importante, nada menos que o Presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar. A segunda é que ele, António, tem o mesmo nome. Esperam os pais que a mesma sorte.

Gente pobre e humilde, António é criado no Vimeiro à sombra da grande casa da família Salazar, até ao fatídico dia em que o pai de António, único sustento da casa, morre prematuramente. António é obrigado a deixar a escola e a tomar a rédea do destino da família. Desde cedo aprende a sustentar a família revelando-se também um rapaz inteligente.

Pouco antes do falecimento do pai, rebenta a guerra em África e Portugal vê-se a braços com uma guerra que se julga de fácil resolução. No Vimeiro a mesma é vista como sendo uma “coisa” feita lá muito longe e que nunca chegará aquele pedaço de terra do interior. No entanto a guerra arrasta-se e António, menino e moço quando a guerra estala (1961) vê o seu nome nas listas de incorporação e, poucos meses depois, embarca no célebre navio Niassa para Angola.

Júlio Magalhães, com este livro, dá-nos uma visão muito realista de vários importantes factos da nossa História: o de um Portugal oprimido, atrasado e rude, dominado por um regime autoritário e conservador que amordaçava quem ousasse sequer pensar. É comum ler expressões como “as paredes têm ouvidos” ou “aqui não se falam destes assuntos”. Um país triste de gente triste, mergulhado na superstição, no temor à igreja, cheio de mitos que, digo eu, nunca se libertou. O autor explora, e muito bem, expressões tão usuais hoje em dia como “o que os vizinhos vão dizer”, ou “parece mal”. Ou seja, Júlio Magalhães consegue explanar e transmitir-nos uma imagem bem real e nítida de uma nação cheia de mitos, superstições, medos, vergonhas, onde tudo se fazia para parecer bem (tal como hoje em dia).

É assim, neste contexto, que surge o grande tema do livro: A Guerra de Ultramar.

E Júlio Magalhães tenta exorcizar fantasmas, quebrar tabus que ainda hoje se mantêm. Uma vez mais expressões como “tudo isto para quê?”, “em nome de quem esta guerra?”. O sofrimento do homem comum, inculto, rude, que se vê arrancado da sua terra e da sua família para ir combater para uma terra que não lhe diz absolutamente nada e que, lá chegando, se depara com atrocidades que desconhecia por completo, pois as notícias que a censura deixa passar, transmitem uma guerra cheia de facilidades, quase um passeio onde os únicos mortos se devem a acidentes de viação…

O autor consegue transmitir todas essas imagens de uma forma muito viva e realista. É doloroso sentir o sofrimento e a saudade de milhares de homens, simbolizados em António e outros soldados, que, a milhares de quilómetros, se apoiavam uns nos outros, surgindo assim amizades fortíssimas, para toda a vida, que, para qualquer um de nós, é difícil de entender.

No meio deste principal tema, o autor descreve-nos uma belíssima história de amor que se inicia na infância e que se prolongará pela eternidade, no entanto, a meu ver, o que torna o livro um excelente livro, embora a história de amor seja terna e bela, é, forçosamente o acontecimento que atolou o país de 1961 a 1974 e que lançou milhares de jovens portugueses para o desconhecido e que tantos traumas causou e causa.

A técnica narrativa de Júlio Magalhães é um misto de ficção com realidade. É óbvio que o autor se baseia em factos verídicos e histórias pessoais reais. Muda os nomes e cria os diálogos, mas todo contexto é real e, mais importante, representa milhares de homens e famílias que se reverão nesta obra.

Algo que também sobressai é a pintura de uma Angola dominada pelos portugueses onde, excepto no mato, se vivia bem e de uma forma tranquila e acomodada. E depois, quando os portugueses começam a debandada, a imagem de uma Angola destruída, feia, em plena guerra civil, onde a tranquilidade desaparece para dar lugar ao caos e à destruição. Fica clara uma crítica expressa num grito de mágoa assente no personagem Brito sobre a forma como o processo de independência foi realizado, que, insatisfeito afirma: “a guerra ainda não acabou” ou “depois de tanta coisa entregarmos as colónias desta forma?”.

Como senão apenas posso referir a previsibilidade da história de amor. Desde o início percebi ser aquele amor intemporal e, em momento algum pensei que os acontecimentos pudessem ser diferentes. Porém, repito, o interesse do livro está na explanação da Guerra de Ultramar, um assunto tabu, uma época que necessita, que merece ser esclarecida e debatida de uma forma séria e honesta pela sociedade portuguesa.

Sem preconceitos ou reservas, estamos diante de um excelente livro.

Classificação: 5

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

I-Steve – Na Mente de Steve Jobs – Leander Kahney


Tradução: Saul Barata
Páginas: 236
Colecção: Novo Milénio, N.º 17
Preço: 16,80 €
ISBN: 978-972-23-4258-2


De certo muitos já ouviram falar de Steve Jobs mas, provavelmente, desconhecem o seu trabalho e da sua importância para o mundo.

Provavelmente muitos conhecem a Apple, o Machintosh, o I-Pod ou o I-Phone, mas se calhar poucos sabem que Steve Jobs foi o homem por detrás destas criações, foi ele o fundador e o motor da gigante Apple.

“Na Mente de Steve Jobs” é simultaneamente uma biografia, não autorizada, e um guia sobre liderança e Gestão. É o descrever do perfil de um homem, dos seus objectivos, anseios e da sua demanda pela excelência que resulta numa forma de agir e pensar muito particular que o levaram ao sucesso.

Extremamente positivo a forma como o autor divide o livro por capítulos, dando-nos uma clara percepção temporal do percurso de Jobs.

Steve Jobs, em parceria com um amigo de liceu (nenhum deles tiraria qualquer curso académico), constitui a Apple em 1976 com sede no quarto de Jobs. Depressa começaram a montar computadores à mão na garagem dos pais de Jobs. 4 anos depois a Apple já estava cotada em bolsa e em 1983, 7 anos após a sua constituição, a empresa já se situava no grupo das 500 maiores empresas da Fortune (411), a mais rápida ascenção de uma empresa até então.

O que levou a esse fulgurante surgimento e ascensão da Apple?

A resposta é dada neste livro. A visão, a intuição e uma atitude muito positiva de Steve Jobs, um autêntico génio em diversas matérias.

Steve Jobs é minuncioso, obcessivo pela excelência, workaholic, narcisista, perfeccionista, frio (os interessas da empresa acima de tudo), fanático por marketing, disciplinado e não tem problemas em arriscar. Junta todos esses traços da sua personalidade, dá-lhe um toque de encanto e carisma e, com a sua liderança nata, tornou a Apple numa empresa distinta e respeitada.

A obra contempla todo o início e os bastidores da Apple. O autor narra todo o processo da criação da empresa, entrevista ex-colaboradores que privaram com Jobs, de modo a poder traçar um perfil do homem enquanto profissional. As suas virtudes e os seus defeitos são aqui examinados de uma forma desapaixonada. Em simultâneo vai traçando todo um percurso de gestão, alguma meramente intuitiva, que deu frutos. No final de cada capítulo temos “as lições de Steve” onde, de acordo com o capítulo acabado de ler, as ideias chave são colocados em tópicos de forma a servir de guia.

Um livro que aconselho para aqueles que gostam de biografias ou que querem perceber o que pode estar por detrás de uma empresa de grande sucesso.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Novidades "Europa-América"

Título: As Guerras Que Já aí Estão e as Que nos Esperam – Se os Políticos
Não Mudarem
Subtítulo: Reflexões sobre Estratégia VI
Autor: General Loureiro dos Santos
Colecção: Estudos e Documentos
Preço: 21.50€
Pp.: 384
Lançamento público: Dia 16 de Dezembro, às 18h30, no Instituto de Estudos Superiores Militares, com a apresentação do Prof.º Dr. Adriano Moreira

Neste novo livro, o general Loureiro dos Santos responde e adverte para as questões que se levantam com a alteração, em curso, da ordem internacional unipolar.

«Desde há alguns anos, vivemos um período de transição acelerada para um futuro incerto e perigoso. No qual, as dificuldades para o Ocidente, muito particularmente para Portugal, serão bastante expressivas», adverte o general no Prólogo do seu livro.
«A crise económica e financeira […] veio (e está) a confirmar a tendência para o aumento do poder das potências emergentes e reemergentes e transformou-se num acelerador das mudanças em curso.
»Em toda a História mundial não se conhece uma alteração das relações de forças global em tão curto período


No quadro geopolítico configura-se o surgimento das Ilhas de Poder Global (EUA, China, Índia, Rússia e Brasil), dos Ilhéus de Poder Global (médias potências) e dos Quase Ilhéus, num Mundo em transição onde os recursos estratégicos estão cada vez mais espartilhados e os estados cada
vez mais fragilizados.
O Irão surge com um novo fôlego e ganha preponderância. A Rússia «renasce» e tenta controlar o Cáucaso.

Todos os actores tentam reposicionar-se em face de uma nova ordem mundial. E Portugal? Como actua no teatro de operações internacional e internamente?

- Tem uma Lei da Defesa Nacional com muitas insuficiências.
- Assina um Tratado de Lisboa que favorece mais as ambições de Madrid que as de Lisboa.
- Tem um projecto de TGV que também favorece mais Madrid do que Lisboa.
- Tem uns Serviços de Informações com falta de margem de manobra.
- Duplicação e desperdícios de meios com a falta de articulação entre as Forças Armadas e as Forças de Segurança Interna.
- As Forças Armadas têm falta de armas e equipamentos adequados.
- Verificam-se retrocessos nos direitos sociais dos militares, com um aumento do sentimento de injustiça daqueles que servem o País nas fileiras, achando que são maltratados e desconsiderados pelos responsáveis políticos.

Com a posição central de Portugal face ao Atlântico (Oeste), Espanha (Leste) e território africano (Sul) e o seu papel preponderante na CPLP e na possível articulação da segurança e defesa da região do Atlântico (médio/Sul), é urgente repensarmos o papel das nossas Forças Armadas e, de algum modo, recolocá-las na primeira linha dos interesses nacionais. No fundo, fazer jus aos «absolutamente portugueses».


Título: Oscar Wilde e o Sorriso do Homem Morto
Autor: Gyles Brandreth
Colecção: Crime Perfeito
Preço: 19.90€
Pp.: 288

Paris, 1883. Oscar Wilde visita a cidade decadente para descobrir os seus encantos, reatar a amizade com a divina Sarah Bernhardt e colaborar com o mais famoso homem do mundo do espectáculo, Edmond la Grange.

Oscar descobre os negros segredos que envolvem a companhia teatral de La Grange e é confrontado com crimes bizarros. Para deslindar o mistério e descobrir o assassino, Oscar arrisca a sua vida — e a sua reputação — embarcando numa perigosa aventura que o leva dos boémios clubes nocturnos a um asilo de loucos, de um duelo nos Buttes de Chamont aos portões da prisão de Reading.
Gyles Brandreth é escritor, locutor de rádio, antigo membro do Parlamento e líder do grupo parlamentar.

Crítica:
«[Brandreth] Não só sabe contar uma história como também tem um conhecimento tocante dos segredos do coração humano.» The Times

Título: Será Que os Gatos Têm Umbigos?
Subtítulo: 244 Perguntas-Respostas sobre o Mundo da Ciência
Coord.: Paul Heiney
Colecção: Fórum da Ciência
Preço: 19.90€
Pp.: 196

- Por que razão o ranho é verde?
- Há algo de bom nas baratas?
- Por que razão não se partem os ovos quando as galinhas os põem?
- Qual é a altura da atmosfera?
- Um raio consegue tostar quantas fatias de pão?
- As árvores têm cancro?
- Será que as jantes dos carros fazem com que eles andem mais depressa?

Paul Heiney deslinda os fenómenos da Ciência que estão por detrás daquelas certezas absolutas e inquestionáveis e explica por que razão o mundo e tudo o resto que o compõe são como são.
Desde esquimós cabeludos a gaivotas que explodem, desde o osso da alegria à labiríntica roupa de cama, este é um livro esclarecedor, divertido e bem-humorado.



Título: Michael Jackson – A Lenda 2958-2009
Autor: Chas Newkey-Burden
Colecção: Grandes Biografias
Preço: 17.50€
Pp.: 164

A biografia mais completa.
Um retrato fascinante e fiel do "Rei da Pop".

No dia 25 de Junho de 2009, a notícia da morte de Michael Jackson marcou o
fim trágico de uma vida extraordinária mas envolta em suspeitas há décadas.
De facto, Michael Jackson era um homem de contradições. Discutivelmente a mais famosa estrela pop, Michael Jackson descrevia-se como «o homem mais solitário do mundo». A criança prodígio cujas actuações revelavam uma notável maturidade converteu-se num homem que demonstrava uma perigosa obsessão pela infância. O miúdo encantador que venceu as barreiras do preconceito tornou-se um homem que as operações plásticas e a cor de pele deixaram irreconhecível. E, apesar de ter vendido milhões de álbuns, o artista tinha dívidas que ascendiam a 300 milhões de dólares.

Nesta fascinante biografia, Chas Newkey-Burden passa em revista os mitos e os rumores e apresenta um retrato fiel do auto-intitulado «Rei da Pop», sem ignorar a controvérsia e respeitando o legado do génio cuja música tornou mais feliz a vida de muitas pessoas.

Chas Newkey-Burden é o aclamado autor de várias biografias sobre figuras tão mediáticas como Amy Winehouse e Paris Hilton e as suas obras foram traduzidas para várias línguas. É colaborador do Guardian e da Time Out.


Título: Caminhos de Glória
Autor: Jeffrey Archer
Colecção: Obras de Jeffrey Archer
Preço: 19.90€
Pp.: 352

Autor galardoado com o prestigiado prémio literário Prix Polar International pela obra O Condenado

Ele amou duas mulheres... e uma delas matou-o.

Há pessoas que sonham tão alto que, se um dia cumprirem os seus desejos, têm certamente um lugar na História. Francis Drake, Robert Scott, Percy Fawcett, Charles Lindbergh, Amy Johnson, Edmund Hillary e Neil Armstrong são algumas dessas pessoas cujos nomes estão inscritos nos trilhos da glória.

E se um homem tivesse um sonho, o cumprisse e, sem nada que o provasse, nunca fosse reconhecido pelo seu feito?

Caminhos de Glória é a história de um homem comum. Assim permanecerá até o leitor, que terá de ler até à última página deste extraordinário romance, ajuizar se de facto o nome de George Mallory deverá constar na lista de homens lendários. Se assim o decidir, um outro nome terá de ser retirado.

Jeffrey Archer, cujos romances se tornaram best-sellers, já vendeu mais de 135 milhões de exemplares em todo o mundo. Em 1992, tornou-se o mais jovem membro da Câmara dosLordes. É um dos escritores de maior sucesso da actualidade.

«Provavelmente, o maior contador de histórias da actualidade»
— Mail on Sunday.



Título: Calvino – O Arauto de Deus
Autor: Eric Dénimal
Colecção: Grandes Biografias
Preço: 22.00€
Pp.: 288

Comemorações dos 500 anos do nascimento de Calvino

Será que nós sabemos realmente quem foi Calvino?

Em 1509, há precisamente quinhentos anos, Calvino nascia em Noyon, na Picardia, onde foi baptizado com o nome de Jean Cauvin. Senhor de um forte temperamento, esta personagem histórica permaneceu, contudo, envolta por uma grande discrição que marca a sua própria história de vida.

Éric Denimal oferece-nos com este livro um relato do percurso, quer espiritual quer intelectual, de Calvino, incidindo o seu olhar na infância e no contexto no qual o reformador se inscreve — o fascinante século XVI, circunscrito entre a Idade Média e o Renascimento. O ambiente familiar,
religioso, político e cultural da época influenciou muito este jovem brilhante que gostava de se votar às novas correntes ideológicas. As grandes descobertas abrem novos horizontes e as ideias difundidas por Lutero fazem vacilar as antigas certezas da época.

O estudante de Teologia e de Direito, sedento dos ideais de liberdade, de verdade e de justiça, bebe desta efervescência que alvoroça uma Europa onde as fogueiras tentam a todo o custo manter o poder e os privilégios há muito ultrapassados.

Com o apoio de Théodore de Bèze, Lefèvre d’ Étaples, Guillaume Farel ou de Navarra, ele sobrepõe-se aos seus adversários, subjuga uma Genebra em tumultos e acaba por influenciar claramente e por muito tempo uma Europa em plena mutação.

Ao acompanhar o crescimento e formação do homem de Noyon, e posteriormente de Genebra, ao analisar as suas lutas interiores e individuais contra as autoridades religiosas da sua região natal ou contra a fatalidade que mina a sua vida conjugal, Éric Denimal brinda-nos com uma humana biografia de um homem comovente e convicto que, entre dores e paixões, soube esquecer-se de si em nome da sua obra e missão.

Éric Denimal é jornalista, teólogo e pastor. Autor de inúmeras obras, entre elas o best-seller A Bíblia para Totós.


Título: Falar com os Mortos
Subtítulo: 7 Métodos para Comunicar com os Espíritos
Autor: Konstantinos
Colecção: Portas do Desconhecido
Preço: 20.89€
Pp.: 248

Eles estão à espera...

Vozes vindas do Além... rostos de fantasmas surgem no vídeo... uma presença
luminosa aparece numa sessão de espiritismo... é mais do que ficção sobre fenómenos sobrenaturais, são experiências verdadeiras que estão à sua espera.

Ao longo de doze anos, Konstantinos tem realizado experiências sobre o inatingível mundo dos espíritos e obteve um enorme sucesso com cada uma das técnicas descritas nesta obra. As suas instruções simples e descritas passo a passo mostram-nos como podemos usar um comum aparelho electrónico, como os gravadores de cassetes, câmaras de vídeo e computadores, para estabelecer contacto com os mortos, para gravar os fenómenos fantasmagóricos, etc. Além do mais, ele apresenta-nos formas de estabelecer comunicação activa com o mundo dos espíritos!

Aprenda como:

- gravar as vozes de determinados fenómenos;
- usar o «ruído branco» do rádio para dar voz aos espíritos;
- a sua câmara de vídeo poderá captar imagens de fantasmas;
- encorajar os espíritos a usar um computador ou um telefone;
- usar a arte ancestral da bola de cristal para ver os espíritos;
- estabelecer contacto telepático com os mortos;
- conduzir uma sessão de espiritismo.

Quer queira falar com alguém querido que partiu quer deseje investigar uma casa assombrada ou satisfazer simplesmente a sua curiosidade transcendental, esta obra será o seu guia para o Além.

A tecnologia abre as portas para o mundo dos espíritos! Konstantinos há muito que é um estudioso dos fenómenos paranormais e tem sido uma presença frequente em inúmeros programas televisivos. Para além de ter sido cantor de música gótica, é também autor de vários livros, nomeadamente Summoning Spirits, Vampires: The Occult Truth e Gothic Grimoire.


Título: A Falha
Autor: Luís Carmelo
Colecção: Contemporânea
Preço: 15.90€
Pp.: 160

Elvas, vinte e cinco anos após a conclusão do liceu. Um grupo de antigos alunos decide reunir-se para um almoço de confraternização, na esperança de reavivar memórias e de apaziguar os conflitos do passado. Mas o epicentro narrativo ocorre após a prova de vinhos e um passeio a uma pedreira de mármore, em Vila Viçosa.

Eis então que uma inusitada falha na pedreira fará com que os antigos colegas se vejam presos dentro de uma gruta obscura, onde irão permanecer durante dois dias, testando os limites do ser humano e lutando entre a vida e a morte, entre as ilusões do presente e os fantasmas do passado, entre um destino fatal e a fatalidade do destino, entre o racional e o irracional.

A Falha, considerado por muitos como o melhor romance até hoje publicado pelo autor e adaptado ao cinema por João Mário Grilo (2002), é certamente uma hábil análise da natureza dos seres humanos e da sociedade portuguesa pós-25 de Abril, uma incisiva metáfora do destino de um povo.

Luís Carmelo (1954), doutorado pela Universidade de Utreque, é professor na Escola Superior de Design (IADE) e membro da Associação Portuguesa de Escritores (APE) e da Associação Internacional de Semiótica (IASS-AIS). Para além de ser autor de diversas obras de escrita criativa, cadeira que lecciona em várias instituições, entre elas o Instituto Camões, é ainda colunista do jornal Expresso e um activo blogger
.
Vencedor do Prémio de Ensaio da APE, Luís Carmelo já editou nas Publicações Europa-América várias obras de não-ficção, nomeadamente, Manual de Escrita Criativa, vols. I e II e Sebenta Criativa para Estudantes de Jornalismo.

Após o livro de contos A Pé pelo Paraíso, A Falha é a segunda obra de ficção reeditada agora pela Europa-América, na sequência da comemoração dos 10 anos da publicação da obra.

Este mês as Publicações Europa-América estão de parabéns pela excelência das publicações que edita. Destaco "As Guerras Que Já aí Estão e as Que nos Esperam – Se os Políticos Não Mudarem" do Gen. Loureiro dos Santos, que me parece ser um livro muito interessante para se perceber o mundo onde vivemos e que futuro nos aguarda. A obra "A Falha" de Luís Carmelo também me aguça a curiosidade face às boas críticas que tenho ouvido sobre este autor. A obra "Será Que os Gatos Têm Umbigos?" é daqueles livros, julgo, propício a um jovem que começa a questionar o mundo que o rodeia e, sem menosprezar os outros, estou muito curioso no livro "Caminhos de Glória" de Jeffrey Archer, sobretudo pelas excelentes críticas a este autor e pelos seus livros serem sempre best-sellers. A ver vamos, depois emitirei a minha opinião.