sexta-feira, 21 de maio de 2010

Novidades "A Esfera dos Livros"


A Governanta - Joaquim Vieira

Vendo chegar a viatura oficial com o porta-bagagem carregado de lenha, o chefe do Governo gritou irado à sua governanta: «Os carros do Estado não são para carregar lenha! Não consinto!». A mulher não se ficou e gritou no mesmo tom: «Merda! A lenha não é para mim, é para o Salazar!»

Quem se atreveu a gritar assim a António de Oliveira Salazar, homem temido e respeitado por todos, foi Maria de Jesus Caetano Freire, a sua dedicada e fiel companheira ao longo de toda uma vida.

Nascida no seio de uma pobre família camponesa no lugar de Freixiosa, distrito de Coimbra, aos 31 anos começou a servir os universitários e amigos Manuel Gonçalves Cerejeira e António de Oliveira Salazar. Seguiu este último para Lisboa e só o abandonou quando, aos 81 anos, o ditador morreu por doença. Maria de Jesus tinha cumprido a missão da sua vida. Nunca casou, nem teve filhos.

Joaquim Vieira traz-nos a história de A Governanta, D. Maria ou Menina Maria, como Salazar gostava de tratá-la. Ninguém esteve tão perto do ditador durante o seu percurso de poder. Ninguém o conheceu tão bem, nem partilhou tantos momentos de intimidade. Recluso e celibatário, Salazar tinha no diálogo diário com a sua governanta o único contacto com a realidade dos portugueses. Fica a questão: até que ponto a sua influência não pesou nalgumas opções governativas do homem que comandou o país durante quatro décadas?

Mulher dura, forte, atenta, de uma dedicação canina, foi intendente, organizadora das lides domésticas, secretária, companheira, portadora de recados e pedidos, informadora de murmúrios e opiniões que mais ninguém se atrevia a expressar, conselheira e até enfermeira, nos seus últimos tempos de vida, do fundador e líder do Estado Novo. D. Maria foi tudo isto, e por isso merece um lugar de destaque na História do século XX português.



Mouzinho de Albuquerque - Paulo Jorge Fernandes

Uma coluna diminuta de apenas 51 oficiais e praças chegava a Chaimite, sob fortes chuvadas, com um único propósito: capturar Gungunhana, o temido régulo que desafiava as autoridades portuguesas havia anos. O bravo capitão de cavalaria Mouzinho de Albuquerque, de espada desembainhada, foi o primeiro a entrar na povoação e berrou bem alto o nome do inimigo que saiu da sua palhota para se render aos militares portugueses. Finalmente, ao fim de tantos anos a sonhar com aquele momento e depois de tanto penar, Mouzinho de Albuquerque estava frente a frente com o seu adversário.

Este feito notável, numa mistura de imprudente coragem e golpe de sorte, teve ecos na metrópole. Foi assim que nos confins de Moçambique nos finais de 1895 Mouzinho de Albuquerque dava sentido ao seu destino e gravava o seu nome na História.

O historiador Paulo Jorge Fernandes apresenta-nos a biografia de Joaquim Mouzinho de Albuquerque, tendo como pano de fundo o problema da construção do imperialismo português na África Oriental. Afastando-se das lendas e mitos que em torno desta figura foram construídos ao longo dos tempos, somos levados a conhecer a vida deste aventureiro nacionalista, homem de coragem, incorrupto numa sociedade minada pelos escândalos, amargurado com o mundo que o rodeava, ambicionando cargos que nunca lhe foram atribuídos.

Nos últimos anos da sua vida foi preceptor e aio de D. Luís Filipe, herdeiro da coroa. Cargo que detestou cumprir. No entanto, no convívio com a família real, terá nascido uma paixão impossível de concretizar pela rainha D. Amélia. Terá sido para salvar a honra de ambos que no dia 8 de Janeiro de 1902 se suicidou com dois tiros?

Questionado sobre qual seria o seu ideal de vida terá respondido: «Morrer a tempo.» O seu desejo cumpriu-se já que a sua morte prematura aos 46 anos o impediu de assistir à derrocada da Monarquia e à violência da República.



Educar com Bom Senso - Javier Urra

Quando os filhos nascem começam as grandes interrogações dos pais. A pergunta que os assalta com mais frequência é: estamos a fazer tudo bem? E as dúvidas estendem-se à comida, ao rendimento escolar, às amizades, ora porque está muito calado, ou porque não sai da frente do computador, não larga a consola, quer um telemóvel, responde mal e já quer sair à noite com os amigos…

Javier Urra, autor best-seller em Portugal, ensina-lhe a educar os seus filhos com bom senso. Neste livro com casos e exercícios práticos, este psicólogo espanhol, com larga experiência no trabalho com crianças e adolescentes, fornece-nos as chaves necessárias para formar os nossos filhos com inteligência, equilíbrio emocional e com valores. Ou seja, com critério.

Educar com Bom Senso ensina-lhe tudo o que precisa de saber desde que o seu filho nasce até à adolescência - quando se colocam questões urgentes como o álcool, as drogas, a sexualidade, etc. - e apresenta-lhe os critérios e as estratégias para cada etapa de desenvolvimento. Um guia fundamental para todos os educadores.

Javier Urra, psicólogo clínico e pedagogo terapeuta, trabalhou durante três anos com jovens conflituosos no Centro Nacional de Reeducação de Cuenca. Desde então desenvolve o seu trabalho como psicólogo forense do Tribunal Superior de Justiça e do Tribunal de Menores de Madrid. É ainda professor de Psicologia na Universidade Complutense de Madrid e vice-presidente da Associação Ibero-Americana de Psicologia Jurídica e assessor e patrono da UNICEF. Entre 1996 e 2001 foi o primeiro provedor de Menores em Espanha e o primeiro presidente da Rede Europeia de Provedores de Menores.



O Seu Tempo Vale Ouro - Alberto Pena

Há alturas em que se sente insatisfeita/o porque o seu tempo não estica? Sente que anda a correr de um lado para o outro entre casa, família, trabalho e que no final do dia não conseguiu cumprir os seus objectivos? Entra cedo no trabalho e, quando dá por si, já é hora de almoço e não fez nada. Até tenta planear o seu dia-a-dia e estabelecer prioridades, mas depois responde a um e-mail, recebe um telefonema, é chamada/o para uma reunião...

O seu tempo vale ouro, logo é tempo de aprender a gerir a sua vida da melhor forma. Como? Não existem soluções milagrosas, mas Alberto Pena, especialista nesta área, garante que é possível alcançar uma vida mais produtiva.

- Aprenda a gerir o seu e-mail;

- Faça pausas frequentes durante o horário de trabalho, mas descansar não significa ligar-se a uma rede social ou enviar um e-mail a um amigo, é afastar-se da secretária o mais possível;

- Aprenda a desligar-se do trabalho quando sai do escritório. Uma pessoa com uma mente descansada enfrenta melhor um problema;

- Reduza os compromissos desnecessários que só o afastam dos seus verdadeiros objectivos;

- Faça com que o dia de hoje conte e seja único. Esta é uma boa forma de se sentir motivado todos os dias.

Este livro é uma ferramenta útil para que, de forma sistemática e lógica, alcance estes objectivos. Alberto Pena propõe-lhe exercícios práticos, resume um conjunto de conselhos da sua própria vida pessoal e profissional e convida-o a dar passos pequenos para alcançar grandes metas. O segredo está em mudar a sua mentalidade, os seus comportamentos e hábitos de vida de forma a despertar a motivação adormecida.



Doces Tormentas - Rui Vilhena

Paulo é casado com Sílvia, que é amante de Carlos, que é marido de Marta, que tem um caso com Ricardo, que vive com Henrique, que está a sair com Paulo. Confuso? As grandes histórias de amor são assim: complicadas.

O autor Rui Vilhena, guionista das novelas mais vistas da televisão portuguesa, traz-nos uma comédia romântica apaixonante que nos leva aos meandros do misterioso mundo das relações e dos afectos, onde o tempo pode ser o maior inimigo do amor, mas, por ironia, é também capaz de despertar uma paixão adormecida.

Porque nada é o que aparenta, porque nada pode ser tomado como certo, porque no que toca aos sentimentos as surpresas estão em cada esquina, prepare-se para um romance surpreendente e divertido.

Uma coisa é certa, quando estes três casais amigos se sentaram à mesa do pequeno-almoço, estavam longe de imaginar que aquele não teria um final doce. E que, na ementa, entre doce de laranja e croissants, não faltava uma tentadora mousse de chocolate.

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