segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Há autores

que, se calhar de uma forma inconsciente, possuímos um sentimento de antipatia derivado de várias factos ocorridos ao longo do tempo, quer sejam entrevistas, posições políticas, de opinião, etc.

Eu, já o admiti em diversos locais, há um autor cuja minha antipatia é imensa, só de olhar para o homem vem-me logo o fel à boca tal a embirração que sinto por tal ser. Aquela postura abestalhada fumante lunático, parecendo, em cada entrevista que lhe vi ou li, estar a gozar com os leitores, a sua postura face aos outros autores que, aqui e ali, vai menorizando como se fosse ele o único escritor de qualidade à face da Terra, é algo que acho asqueroso e, obviamente, isso tem repercussões na minha postura face aos livros desse autor, pois e embora já o tenha tentado por diversas vezes, não consigo ler qualquer obra sua, aliás, nem consigo chegar à página 100.

Nestes últimos dias tentei pela enésima vez.

Peguei o “Cú de Judas” do execrável António Lobo Antunes e não consegui avançar para além da página 50 tal a insanidade de texto. Perdoem-me a imensa legião de fãs do autor, mas acho o homem um péssimo ser humano. Não o conheço de lado nenhum, apenas faço esta constatação pelas entrevistas que já li e vi e pela sua postura face aos outros autores. Aliás, foi o único escritor que um dia vi dizer que tal livro de tal escritor era lixo. Mas a sua escrita densa, feita de descrições vagas, de analogias figurativas e labirínticas que nos enviam de um lado para o outro, por vezes sem grande coerência, é algo que me aborrece. 

No entanto, admito, a minha postura é mais pela embirração que sinto pelo homem.

Até arrepia!