Prémio José Saramago 2007, este romance de Walter Hugo Mãe, escrito curiosamente em 2004 mas só agora premiado, situa a acção em Portugal durante o reinado de D. Dinis, logo em plena idade medieval entre os anos 1279 – 1325.
Época brutal e miserável, Baltazar Serapião é o filho mais velho de três (dois rapazes e uma rapariga) que subsistem da agricultura e devem vassalagem a D. Afonso, o senhor feudal todo poderoso.
É nessa perspectiva que a irmã de Baltazar, quando chega à adolescência, vai servir para a casa de D. Afonso, acabando por o servir sexualmente a ele, algo que a família não vê com bons olhos mas que o medo os faz calar.
Baltazar Serapião que, sexualmente falando se vai desenrascando com uma pobre diaba, a puta do sítio, acaba por cair de amores por Ermesinda, casando-se pouco depois.
Mas D. Afonso mete os olhos em Ermesinda e exige que a mesma vá todos os dias a sua casa. Para fazer o quê? Essa é a pergunta que está por detrás de todo o trama do romance.
Baltazar é assaltado por terríveis dúvidas sobre a fidelidade da sua mulher e, imbuído pela sua imaginação e pelas conversas que ouve, emprega terríveis castigos físicos a Ermesinda diante da aquiescência de todos que achavam comportamentos desses normais e até morais.
Num trabalho notável de linguagem (Walter Hugo recria o português medieval), este livro é, quanto a mim, único no panorama literário português.
Não sendo propriamente um livro fácil de se ler, não só devido à linguagem como também à estrutura do texto (nota-se claramente a influência de Saramago), é sim um livro sobre a condição de vida da época medieval e, sobretudo, sobre a condição das mulheres que eram inferiores aos animais.
Gostei imenso do livro, pese embora o tenha achado por vezes repetitivo e algo aborrecido, pois há situações que se repetem e a obsessão e as dúvidas de Baltazar pela mulher é algo que se repete por diversas vezes, deixando também antever o fim do livro.
Época brutal e miserável, Baltazar Serapião é o filho mais velho de três (dois rapazes e uma rapariga) que subsistem da agricultura e devem vassalagem a D. Afonso, o senhor feudal todo poderoso.
É nessa perspectiva que a irmã de Baltazar, quando chega à adolescência, vai servir para a casa de D. Afonso, acabando por o servir sexualmente a ele, algo que a família não vê com bons olhos mas que o medo os faz calar.
Baltazar Serapião que, sexualmente falando se vai desenrascando com uma pobre diaba, a puta do sítio, acaba por cair de amores por Ermesinda, casando-se pouco depois.
Mas D. Afonso mete os olhos em Ermesinda e exige que a mesma vá todos os dias a sua casa. Para fazer o quê? Essa é a pergunta que está por detrás de todo o trama do romance.
Baltazar é assaltado por terríveis dúvidas sobre a fidelidade da sua mulher e, imbuído pela sua imaginação e pelas conversas que ouve, emprega terríveis castigos físicos a Ermesinda diante da aquiescência de todos que achavam comportamentos desses normais e até morais.
Num trabalho notável de linguagem (Walter Hugo recria o português medieval), este livro é, quanto a mim, único no panorama literário português.
Não sendo propriamente um livro fácil de se ler, não só devido à linguagem como também à estrutura do texto (nota-se claramente a influência de Saramago), é sim um livro sobre a condição de vida da época medieval e, sobretudo, sobre a condição das mulheres que eram inferiores aos animais.
Gostei imenso do livro, pese embora o tenha achado por vezes repetitivo e algo aborrecido, pois há situações que se repetem e a obsessão e as dúvidas de Baltazar pela mulher é algo que se repete por diversas vezes, deixando também antever o fim do livro.