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domingo, 20 de janeiro de 2008

Diário de Bridget Jones - Helen Fielding

O livro está escrito numa linguagem muito leve, fácil, muito soft. Desculpem-me quem adorou o livro, mas a mim pareceu-me um livro tipicamente light.
A história é demasiado simplista: Uma jovem mulher (na casa dos 30 anos), tem uma vida fútil, cheia de nada e trasbordante de obsessões. Ela é obsessiva pelo peso, pelo tabaco, pelo álcool, pelos homens e até as relações com a família e amigos é algo obsessiva.
O livro basicamente é apenas isso. Não há nada para analisar. De início é engraçado, algumas páginas depois entretém e antes do meio já é um terrível tédio, pois as situações são muito semelhantes, tudo numa madorra irritante, onde ela vai descrevendo as suas obsessões e, a partir de uma certa altura, a obsessiva relação com o seu chefe.
Tem de facto algumas passagens engraçadas, sobretudo porque, já tendo visto e gostado do filme, acabava por imaginar as situações com o Hugh Grant e a Renée Zellweger, mas e sem ser isso, o livro é um vazio execrável.
Com um enleio (chamemos-lhe assim) muito fraco, com personagens que nunca se impõem (ao contrário do filme), este foi um livro que me decepcionou muito, pois fica muito aquém do filme, filme esse que apenas ressalva o que a obra tem de interesse.
Chegando ao fim, não consegui começar o seguinte (havia-o requisitado na biblioteca). De certeza que o estilo é idêntico, de certeza que ela irá continuar na sua obsessão pelo peso, tabaco, álcool e homens. De certeza tudo, a receita do primeiro teve êxito, logo não há que mudar.
As mulheres que afirmam que este filme sublinha as suas preocupações, os seus estados de espírito ou um pouco do seu dia-a-dia, então, minha amigas, penso que terão que rever as prioridades da vossa vida. Isso sem querer ofender ninguém, mas arrepia-me pensar que existe alguém que tenha uma vida tão fútil.
Enfim, um livro muito fraco, onde não só se aprende nada, como não tem a capacidade de entreter.

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