Há muito que sou um apaixonado pelas lendas e folclore que o rodeia a vampirologia, confessando ser “Drácula de Bram Stoker” um dos meus filmes favoritos e de ter sentido um grande deleite aquando da realização da leitura conjunta da obra de Stoker.
Infelizmente o vampirismo tornou-se moda na literatura e no cinema e, desde há uns anos, tem-se assistido à banalização do tema, surgindo como cogumelos, para todos os gostos, chegando ao ponto de se desvirtuar algumas das características que estão associados a estes caminhantes das trevas.
Fiquei interessado neste “Tratado de Vampirologia” quando me apercebi que não era mais um livro de vampiros, mas sim um livro que aborda o tema numa vertente mais de estudo das crenças e tradições, e estava certo.
Obviamente que a figura de Van Helsing é ficcional, mas o que o autor empregar foi um tom de seriedade que é suposto alguém ter quando é a maior sumidade no assunto. Ou seja, “pegou” no maior caçador-cientista de vampiros e, “servindo-se” dele como narrador, tratou de elaborar um compêndio de História do Vampirismo desde os primeiros relatos conhecidos (Babilónia) até ao final do séc. XIX.
Sabiam que eram as mulheres que estavam, nos primórdios, associadas ao vampirismo? E que, como não podia deixar de ser, a igreja está por detrás do ressurgimento dos mitos na Idade Medieval aproveitando-se das superstições pagãs que abundavam entre a classe camponesa, toda ela analfabeta?
Este livro aborda todos os aspectos do assunto, enriquecendo-o com histórias de casos supostamente verídicos mas que tomavam ares de lendas.
Mas vai mais longe.
Refere os sinais que identificam aqueles que são vampiros, classifica os vários tipos de vampiros (desconhecia existir tantos tipos diferentes) e ensina até a caça-los.
Muito longe de ser um romance com vampiros metrosexuais e namoradas enjoadas, este tratado dá-nos uma visão das lendas que povoam certas regiões do planeta que nos ajudam a compreender o fenómeno e o mito por detrás da História.
Confesso ter ficado surpresa a encontrar este tema por aqui. Em um analise superficial (baseado em alguns livros favoritos seus) nunca imaginaria que tal tema te prenderia. Por isso que nunca se deve “julgar um livro pela capa” rsrs, não é mesmo?
ResponderEliminarFiquei interessadíssima, mas procurei pelos maiores sites de livros daqui e não o encontrei. Pena. Mas continuarei procurando-o.
Valeu a dica!