A 25ª Hora de C. Virgil Gheorghiu é uma espécie de documento humano sobre a maldade da espécie humana, algo que considero como um tirar de máscara que a civilização humana teima em colocar.
A história, para além das andanças de Johann Moritz, é sim um documento sobre os graves atentados à condição humana na 2ª Guerra Mundial.
Mas não se pense que Gheorghiu ataca estes ou aqueles. O que impressiona e surpreende nesta fabulosa obra é a denúncia, através da acção de personagens marcantes, o drama dos prisioneiros; no entanto encaixa esse drama em todas as perspectivas. Ou seja, aqui não há os bons e os maus como vulgarmente vemos retractados em obras sobre o tema. Aqui todos são iguais, literalmente.
Através de vários personagens, deparamo-nos com a tenebrosidade da guerra. Não há invasores nem invadidos. Há seres humanos que se mostram conforme são e agem conforme as circunstâncias. Sem a pele da civilização, sejam nazis, judeus, romenos, húngaros, franceses ou americanos, todos, mas mesmo todos, são animais que, a dado momento, mostram um total desprezo pelo próximo num frenesim de humilhações e dor.
A 25ª Hora expressa assim a verdadeira essência humana e isso é chocante. Chocante porque nos apercebemos que a essência do Homem é maléfica, tem gosto em subjugar e manter o próximo sob a sua alçada, de preferência na escravidão, em humilhar e infligir dor física e psíquica.
Uma obra marcante.
Li este livro há alguns anos.Impressionante!
ResponderEliminarGostei de o ver tratado aqui.
Olá Olinda!
ResponderEliminarEste é um excelente livro, mais um clássico injustamente caído no esquecimento.
Este livro era, na minha juventude, aqui há cerca de 30 anos, um clássico, depois caíu no esquecimento, mas retenho-o como um grande livro!
ResponderEliminarLi este livro e gostava de o reler. Não o encontro em lado nenhum. Alguém pode ajudar?
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