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sábado, 17 de dezembro de 2011

Solitude, Pequenas Histórias de Grandes Viagens – Sérgio Brota


Confesso que quando iniciei este livro de Viagens, pretendia efectuar uma pequena análise etapa a etapa das viagens descrita. Assim o fiz nos primeiros capítulos, nomeadamente em “Japão – O Estranho Império” e “Transberiano – A Estação do Frio”. Depois, acabei por deixar um pouco de lado o livro e, quando dei por mim, havia-o terminado sem que tivesse voltado a escrever.

Desta forma, vou optar por efectuar uma pequena análise ao conjunto da obra.

Conforme referi nas duas análises anteriores, gostei do estilo de Sérgio Brota. É objectivo e narra, não só o que vai observando, como tem a capacidade de efectuar considerações que nos dão uma imagem pessoal do observado. Ou seja, o autor à medida que se vai deslocando, visitando locais, vai-nos dizendo o que vê, no entanto dá-nos também a sua opinião pessoal em simultâneo que nos enquadra, não só nem termos de espaço-tempo, como também em relação à História do local e do país em questão. Importante realçar a interacção com os locais e a vontade e curiosidade nos costumes e na alimentação.

Diria, no sentido de perceberem o que quero dizer, que Sérgio Brota utiliza uma linguagem cinematográfica. A descrição é efectuada dessa forma, pingada aqui e ali com as tais considerações pessoais que, a meu ver, enriquecem muito a obra porque nos dão uma imagem mais realista do local visitado. E por falar em imagens, nota para as várias fotografias, do autor, a preto e branco que nos ajudam a situar e a visualizar aquilo que o autor observa.

Nota final para a edição da chancela da Papiro Editora. Passe o paleio da editora no seu site, a qualidade desta edição, que deduzo seja daquelas que o autor suporta a maioria das despesas, e refiro-me à encadernação, é talvez o pior que vi até hoje. Folhas individuais, cortadas e coladas a quente. Quando iniciei a leitura, umas 20 páginas depois, já todas estavam soltas. Imaginem como ficou no final. Uma salganhada incrível de folhas soltas. Tive de utilizar cola de encadernador para que o livro ficasse digno de figurar na estante, no entanto e numa análise mais detalhada, este é um exemplar que dificilmente poderá ser lido sem que a mesma cena se repita. Publiquem barato, mas não abusem, pois há aí tanta bosta a ser publicada com encadernações de luxo, que obras de facto com o valor que Solitude tem, merecia uma melhor atenção.

2 comentários:

  1. Gostei muito do post. Apesar de ter bastante interesse, não costumo ler livros de viagens, talvez porque ainda tenho tantos livros na fila esperando para serem lidos. Fiquei curiosa, e até anotei o nome do livro e autor para procurá-lo mais adiante.

    escrevendoloucamente.blogspot.com

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  2. Olá Aline!

    Este é um excelente livros de viagens que nos leva a locais que não bem aquilo que consideramos como comuns.

    Penso que vale a pena viajar com este livro.

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