no Diário Digital uma notícia que expressa bem o que eu há muito digo e que qualquer um de nós já constatou: que no mundo das edições, vende mais aquele que tiver uma boa máquina de marketing por detrás.
Vejam bem: "Tradutores de «Inferno» de Dan Brown confinados em bunker subterrâneo durante dois meses".
Depois no desenvolvimento da notícia, cerca de 11 iluminados tradutores suportaram dois meses de verdadeira reclusão em regime de escravatura, sem telemóveis, altamente vigiados e blá, blá, blá.
E pronto, eis um livro que antes de sair, já tem milhões de leitores a contar os dias que faltam para correr a comprar e perceber o porquê de tanto secretismo.
Eu, sem o ler, já sei do segredo...
Eis o momento em que supostamente os serviços secretos de todos os países do mundo ficam em alerta...
O segredo é... VENDER, apenas e só.
A história é apenas um pormenor de somenos importância.
A máquina do marketing vende tudo e de facto, quem quer enriquecer, vale bem a pena investir e exemplos há aos pontapés.
Olá Iceman,
ResponderEliminartiraste o dia para ler? Foi isso?
Boas leituras!!
E já agora, o que lês??
Não creio que este seja um problema de agora. Basta olhar para os escaparates das livrarias e para a forma como as editoras tudo fazem para vender um qualquer livro que por aí esteja. Havendo pouco sentido crítico, procurando os leitores obras de compreensão fácil e escrita simples, conhecendo-se a fórmula que vende livros verificamos a repetição exaustiva do mesmo método e das mesmas histórias. Daí a dificuldade que existe em se perceber daquilo que vai saindo o que é verdadeiramente bom e o que nem por isso o é. Nem sequer podemos confiar nos prémios literários que tantas vezes são apenas mais uma extensão das máquinas devoradoras da propaganda anglo-saxónica e da repetição crónica, nas revistas de opinião, de leituras mal-amanhadas e que leem nos livros e que lá não está.
ResponderEliminarOlá Paula!
ResponderEliminarNão propriamente, embora hoje já tenha lido umas 50 páginas, mais do que na última semana toda.
Estou ainda a ler "O Inverno do Mundo", que estou a gostar muito pouco e "Traidor" que igualmente pouco estou a gostar.
Mas enfim, tenho estado muito atarefado com os sabonetes e não tenho tido tempo livre.
beijinho!
Olá Filipe.
ResponderEliminarHoje em dia não temos grandes hipóteses de saber o que de facto de bom é editado, exceptuando, através dos blogues.
Em todo o caso, a grande maioria dos bloggers sempre a mesma corrente de literatura de cordel e é ver opiniões sobre os mesmos livros e ainda por cima muito semelhantes entre si. Mas pronto, ainda há blogues que falam de livros com qualidade.
A história da literatura, e da arte em geral, está cheia de exemplos de autores ignorados no seu tempo. Não sabemos se alguns continuam a ser ignorados.
ResponderEliminarO problema de hoje, e concentrando-me no nosso país, é o mesmo, se bem que por motivos diversos. Hoje é fácil editar-se, tudo se edita. Perante o mar de livros é difícil separar-se o trigo do joio. A crítica - que nos poderia guiar -não existe na verdadeira acepção da palavra; ou a que existe está enfeudada aos mesmos e ás mesmas editoras. Assim quase tudo se resume à publicidade e à força das grandes editoras (que são apenas duas). Onde consigo encontrar caminho é entre amigos que me vão aconselhando e, claro, nos blogues (sobretudo nos que estão independentes das ofertas editoriais, mas compreendo os que não estão e muitos deles são bons blogues). Parabéns, pois, aos bloguers dos livros.
Claro que a opinião acima escrita é mais do que suspeita, como alguns reconhecerão, mas não resisti a dá-la.
Olá Fernando!
ResponderEliminarA importância dos blogues, ou pelo menos alguns deles, é um assunto que já tenho debatido aqui e que me continuo a bater.
Eu tenho algumas parcerias, mas sou e sempre fui independente, é uma condição que eu coloco sempre: expressar a minha opinião e não aquilo que convém à editora.
Em todo o caso opiniões de críticos profissionais não são inocentes e independentes, mas enfim.