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domingo, 21 de junho de 2015

Diz-se que a Feira do Livro de Lisboa

foi este ano bem melhor, ao nível das vendas, do que em 2014.

Num artigo do jornal "O público" são questionadas várias editoras, as maiores, claro, sem que nenhuma delas avance com valores facturados.

Sim senhor, clap! clap! O pessoal, agora que a crise acabou, volta a comprar à maluca e em 2016 ainda vai ser melhor. 

Mas nesse mesmo artigo não se menciona os alfarrabistas, os verdadeiros amantes do livro e aqueles que mereciam destaque, pois são cada vez menos e os únicos que percebem que um livro é algo mais do que uma mercadoria.

Aliás (um pequeno à parte), gostava de saber quais os critérios de contratação dos funcionários que se encontram nas barraquitas das editoras (muitos que lá se encontram há anos), pois a maioria percebe muito pouco do que é suposto estar a vender, mas enfim, factor C e carinhas larocas.

Mas e voltando aos Alfarrabistas, cheira-me que para estes não correu melhor do que no ano passado. Qualquer dia, para além das barraquinhas das farturas, cachorros quentes, hamburgues, gelados e afins fast-foodiano anafados, teremos apenas as barraquitas das grandes editoras e grupos editoriais com os seus "leve 3 e pague 2".

3 comentários:

  1. Este ano fui à feira, comprei 3 livros, do Peixoto para ele assinar, do Zimler para ele assinar também e um do Steinbeck (quem me dera que ele também tivesse assinado :P)- os três, são autores dos quais gosto da escrita. Já desisti de comprar muitos livros, até porque considero ter muitos bons que ainda não li.
    A feira estava cheia e muitas pessoas estavam a comprar! Confesso que também andei nas barraquinhas e nos Alfarrabistas! Fui essencialmente para ver e estar naquele ambiente que é agradável. Havia ainda alguma animação. Fiquei uma tarde toda!

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  2. Olá Paula.
    Eu já há dois anos que não vou à Feira do Livro simplesmente porque não posso. Em todo o caso o local que sempre me fascinou mais é o local onde se encontram os alfarrabistas. Já lá comprei preciosidades a preços ridículos.
    A grande questão aqui é que até a comunicação social vê a Feira do Livro, ou as Feiras dos Livros, apenas de uma forma economicista, ou seja, está simplesmente a borrifiçar-se para a lógica da Feira, apenas interessa se as editoras vendem ou não.
    E isso aplica-se às editoras que vêm o livro apenas como um negócio. Eu nada tenho a opôr, mas posso sempre insurgir-me.
    Já lá se vai o tempo em que as tv's entrevistavam os autores. Agora e pelo que me apercebo, só registam a Feira no dia em que abre e no dia em que encerra.

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  3. Sim, tens razão, parece que o livro perdeu o valor cultural, o que é triste!

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