Faz hoje 260 anos que um dos mais terríveis e destruidores
terramotos em todo o planeta, abalou a cidade de Lisboa.
Com uma magnitude de 9 na escala de Richter, o sismo teve o
seu epicentro no mar, entre 150 a 500 quilómetros a sudoeste de Lisboa e fez-se
sentir por volta das 9:30, apanhando de surpresa todos os habitantes da cidade
que, aquela hora, na sua maioria, se encontrava nas igrejas. A brutalidade foi
tão grande, que ondas de choque do sismo foram sentidas por toda a Europa e
norte de África.
Os milhares de mortos que daí resultaram, não se deveram
apenas à destruição causada pelo terramoto, como também devido ao facto de as
pessoas, em pânico, se terem deslocado para junto ao rio Tejo, desconhecendo o
terrível maremoto que veio de seguida e, para além do terramoto e do maremoto,
sucederam-se múltiplos incêndios que devastaram a cidade, tornando-a num
autêntico “campo” de ruínas em que os sobreviventes não conseguiram ser
socorridos.
Há vários relatos da época que descrevem o antes, durante e
depois e, uns mais que outros, é visível o desespero que se abateu sobre a
população.
Em relação à literatura daí resultante, são vários os livros
que se propõem a relatar o terramoto. Pessoalmente destaco a “Voz da Terra” de
Miguel Real, um livro soberbo e um dos melhores que li até hoje.
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