Agora que se aproxima a edição dos
Óscares, são várias apostas para as diversas categorias e este “The Revenant”
é, por diversas razões, considerado uma das apostas mais sólidas a vencer
algumas das principais categorias.
Como “amante” de cinema, todos os
anos, antes da cerimónia dos Óscares, tento ver o máximo de filmes nomeados e
fazer, eu próprio, um juizo de valor dos filmes. E de facto, tantos anos
depois, há vários casos em que acertei bem na mouche mas houve outros anos em
que falhei miseravelmente.
E foi com essa perspectiva que me
predispus a visionar este filme, sendo que, confesso, pelo trailler, me cativou
o interesse.
Baseado numa história real, o
argumento é baseado no romance homónimo escrito por
Michael Punke e começa por narrar a história de um grupo de caçadores que se
arriscam numa expedição no interior do Oeste Selvagem em busca de peles. Muita
coisa corre mal, a começar pelos ataques constantes dos índios, até que Hugh
Glass é violentamente atacado por um Urso que o deixa às portas da morte. Pouco
depois o diminuto grupo, que se dirige para o forte em pleno inverno, tem que
fazer uma opção e, circunstâncias à parte, Glass é deixado ainda vivo sob
temperaturas gélidas e a partir daqui inicia-se outra fase do filme.
Confesso que esperava mais do filme.
Gostei imenso da interpretação de Leonardo DiCaprio, assim
como da fotografia e da interpretação de Tom Hardy (soberba), da sensação
claustrofóbica de todo o filme, de resto e na minha opinião, o filme deixou
algo a desejar e várias pontas soltas.
Ou seja, são várias as cenas de uma incongruência gritante.
A começar pelo ataque do urso pardo que deixa Glass às portas das morte e a
terminar na caçada final (quem viu o filme sabe o que pretendo dizer), são
muitos factos que não fazem sentido e que ficam sem resposta. Depois são mais
de duas horas em que as cenas se assemelham e em que, exprimido, pouco sumo dá.
É um filme muito comercial e
realizado com o intuito dos prémios, no entanto, admito que possa ser nomeado
como “melhor Realizador”, Filme”, Actor principal”, “Actor-secundário”,
“Fotografia”, “Guarda-Roupa” e “Argumento Adaptado”, mas estatueta só terá
hipóteses como “actor secundário”, “fotografia” e “Argumento Adaptado”, pois, a
meu ver ninguém vai ter hipótese este ano, na luta pelo óscar de “Melhor Actor”
com Eddie Redmayne em que faz um papelão na “Rapariga Dinamarquesa”, filme que
comentarei nos próximos dias.
Em todo o caso este “The
Revenant” é um bom filme que, acima de tudo, demonstra o quanto dificil foi o
Oeste Selvagem Norte-Americano.
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