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terça-feira, 4 de junho de 2019

Breves considerações sobre a 89ª Feira do Livro de Lisboa


Há dias tive a oportunidade de visitar a Feira do Livro de Lisboa que, imponentemente situada no Parque Eduardo VII com vista sobre o Marquês de Pombal, procura levar a um público diverso, a festa dos livros.
 
Há semelhança dos anos recentes, gostei da forma como estão organizados os diversos stands, com as grandes editoras com os espaços devidamente identificados, onde de facto se torna fácil descobrir e consultar os livros pretendidos, assim como descobrir outros.

Em todas as editoras há igualmente diversas promoções, algumas bem apelativas, dado o preço reduzido.

No entanto, há pormenores, que se transformam em pormaiores, que, a mau ver, há muito deviam ter sido pensados em prol do público, pois se a feira é organizada tendo em conta o público que ali se desloca para adquirir livros, pois a atitude comercial é tão grande, que é óbvio e compreensível, que apenas o lucro é tido como objectivo.

E que pormenores são esses?

À cabeça, é a quase ausência de sombras.

A feira é realizada numa época onde tradicionalmente o calor já se faz sentir. Eu quando me desloquei, acompanhado da família, constatei 35ºC às 15h. Ou seja, como praticamente não existe sombras, é praticamente impossível estar junto dos stands a ver livros e muito mais impossível querer ter a família por perto. Como poderiam resolver isso? Fácil! Era fazer como a Leya faz, colocar tiras em toda a largura, de stand para stand. Resolveria parcialmente a situação e tornaria a visita a essas horas, mais suportável.

Outro pormenor, são as editoras infantis que não têm qualquer suporte para que as crianças consigam ver os livros. Observem, quase nenhuma editora se lembrou disso e depois é ver os pais com as crianças ao colo ou então a tirar os livros do escaparate para que a criança o posso ver.

Mais outro. Fui à feira no dia da criança e, sem ser alguns contos que por lá se contavam, de resto um autêntico vazio. Muito fraca ao nível de actividades para crianças. Nada de teatro, nada de actividades. Um vazio imenso. O que lá havia era pessoas vestidas de personagens com a finalidade de nos levar a comprar determinados livros. Puro comercialismo.

Querem mais?
 
Aí vai!

A falta de locais para se beber água. Sim aqueles bebedouros que há muito deviam ter sido instalados. Quem quer água, compra a 1€ uma garrafa de 0,33cl.

Para finalizar, foi um dia muito bem passado, em família, mas um dia muito fatigante e desnecessariamente. Bastava que houvesse mais sombras, que o ambiente fosse mais propicio para uma festa dos livros.






2 comentários:

  1. Olá! Concordo totalmente com o que dizes, embora eu tenha descoberto uns bebedouros atrás das editoras (assim, escondidos entre a parte de trás e a relva, nada acessível).

    Acrescento algo que me chocou um pouco, não sei de deste por isso. Alguns editores "mais pequenos" ficaram situados bem no meio da relva, fora do "circuito habitual". Quem só percorre-se os corredores tinha muito poucas hipóteses de os ver. Eu própria só dei por eles porque já me tinham dito que estavam "do lado de fora".

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  2. Olá Anabela.

    A zona que referes está sinalizada no Mapa da feira como a "Zona dos Novos Editores", ou seja, são os editores que participam pela 1ªvez na Feira.

    Em todo o caso, penso, que foi muito mal pensada a zona onde os colocaram. Eu acabei por lá ir, mas em passo de corrida. Estavam às moscas e estou certo que muita gente nem passa por lá.

    A mim decepcionou-me os stands de algumas editoras que esperava bem melhor, por exemplo, a Kaladranka, que é, provavelmente, a melhor editora infantil, tem um stand pequeno e com poucos livros, qualquer alfarrabista tem melhor aspecto. Está tão insignificante, que só dei com eles após a 3ª passagem.

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