Esta viagem inicia-se em São Petersburgo.
O autor prepara-se para apanha o famoso e lendário transiberianio.
Descreve um pouco a cidade enquanto aborda um pouco da sua rica História e da influência e importância da cidade no passado.
A próxima paragem: Moscovo.
Embora a viagem tenha sido penosa, parte à descoberta da capital russa.
De salientar a enorme beleza de Moscovo que extravasa das suas palavras.
O espanto pela beleza das estações de Metro, “… cada estação, parece que estamos dentro de museus”. Sendo a maior cidade europeia, a Praça Vermelha, como não podia deixar de ser, ocupa grande parte da visita e as considerações pelo que vai observando e o contexto histórico, são bem relevadas.
O autor continua a viagem sabendo que irá ser “quatro noites e milhares de quilómetros…”
O que sobressai na descrição da viagem, e que dá também a perspectiva da imensa área que é a Rússia, é a imensidão em contraste com o marasmo da paisagem. O ambiente é alegre e por vezes surreal, no entanto o sentimento de imensidade predomina ao ponto do autor se sentir algo perdido “dia qualquer coisa…”, “… todas as convenções temporais desapareceram e nem sei bem quantos fusos horários já terei passado. Sei apenas que o Sol e a Lua me acompanham”.
Nesta sua caminhada, o autor chega à Mongólia, um país tão distante quanto misterioso.
Na China, onde termina a viagem, o autor confessa que tem uma impressão semelhante à tida quando chegou ao Japão.
Hilariante o episodio descrito com o taxista.
A beleza descrita no que vai observando na China deixa-nos com a sensação de ser o país aquilo que a literatura romântica descreve. Mesmo não entendendo ninguém nem se fazer entendido, não o impede de vaguear por locais que ele considera lindíssimos. Mas é curioso que estando numa ânsia por não se fazer entender, o autor nunca se deixa abater pelo desanimo.
Não é uma viagem simpática (palavras do autor), mas é um marco que irá perdurar pela vida.
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