Uma tradição cristã refere que no caminho de Jesus Cristo para o calvário, uma mulher enxugou o rosto de Cristo num pequeno pano e que a imagem de Jesus teria ficado gravada nesse pano.
Essa tradição, ou relíquia, obviamente que nunca foi comprovada, sendo ao longo dos séculos alvo de várias especulações sobre a sua autenticidade e destino. Hoje em dia, julga-se, ou assim o Vaticano afirma, encontrar-se no santuário do Santo Rosto de Manoppello, a cerca de 200 km de Roma.
Conhecida como o “Véu de Verónica” (deformação do nome “vera ícona”, “verdadeiro ícone”), ou na antiguidade como “a mãe de todos os ícones”, trata-se de um véu ou um fino pano de 17x24 cm, que mostra, de uma forma vaga, a imagem de uma face.
Verdade, mentira? Depende da fé de cada um, em todo o caso, Os Apóstolos da Fénix, gira em torno desta relíquia.
Já o referi em diversas ocasiões, que um dos principais propósitos de um livro é o de entreter. De nada adianta ler um livro erudito, se o mesmo só nos traz longos e intermináveis bocejos e a sua interrupção se revela a melhor parte face a tanto aborrecimento. Ou seja, já li livros, alguns apenas tentei, considerados “obras excepcionais”, “clássicos”, “de leitura imprescindível”, mas que se revelaram enfadonhos, nada prazeirosos e imensamente chatos. Digam o que quiserem os pseudo iluminados intelectuais da nossa praça, mas eu dou muito valor a um livro que me entretém e que me diverte.
Pois bem, Os Apóstolos da Fénix é um desses casos e, confesso, que a sua leitura me deu muito gozo, tornando-se até, em alguns capítulos, viciante.
Aprender, enfim, pouco aprendi, até porque isso é uma das falhas dos autores que podiam explorar um pouco mais o campo que utilizaram, no entanto o livro tem um ritmo alucinante num estilo que nos dá aquela ânsia de querer virar página a página até ao seu epílogo.
Uma equipa de arqueólogos encontra-se a escavar junto ao túmulo de Montezuma II, na Cidade do México, quando se depara com algo muito misterioso no interior do túmulo. Pouco depois, uma violenta explosão mata toda a equipa, excepto uma jornalista que ali estava a acompanhar as escavações.
É o início de uma aventura que nos irá levar a vários pontos do planeta, acompanhando não só essa jornalista, como também um estranho personagem que se intitula o novo Messias e afirma saber como salvar o Mundo da eminente catástrofe prevista para o dia 21 de Dezembro de 2012.
Um livro muito interessante, cheio de ficção a até alguns clichés, é certo, mas que entretém bastante e coloca no mesmo campo de acção o passado da civilização Asteca com a clonagem humana e a tão desejada imortalidade que o Homem sempre buscou, a eterna busca da Fonte da Juventude.
Gostei do livro, pese embora a ficção da imortalidade seja algo difícil de digerir, porém, os autores souberam colar muito bem a história e, julgo, construir todo um trama que daria um belíssimo filme.
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