Há
dias, deambulando por Alfama no meio da fumarada da sardinha assada, coiratos e
bifanas, ouvindo uma explosão musical de estilo brejeira, popular e fado,
desviando-me de turistas curiosos e jovens com a sua litrosa na mão, eis que me
deparo com uma lojinha que, confesso, desconhecia completamente e apenas um
acaso ma fez descobrir.
Situada
em pleno bairro de Alfama, a “Sement’eira” é um espaço cultural que passa
completamente despercebido, sobretudo num ambiente de festa popular onde o
nosso interesse está centrado num polo quase oposto ao da cultura. Em todo o
caso, repito, o acaso me fez lá entrar e dei de caras com uma expressão
artística que me fascinou e que quero aqui dar conhecimento, ou alertar para
que seja visitada, ainda por mais quando o artista em questão é português.
A
“Sement’eira” é um espaço aberto a todos os que fazem a sua arte sem pressas,
com o seu tempo e sabedoria particular de forma autêntica. Ali, é possível
adquirir doces, licores, vinhos, queijos, conservas e pinturas, esculturas,
livros, etc. Um espaço onde há exposições de variadíssimas expressões
artísticas, onde se pode beber um café e provar um dos licores, enfim, um
espaço que me apaixonou.
E
foi na “Sement’eira” que vi a exposição de Álvaro Costa. Depois de a apreciar,
mais surpreendido fiquei ao constatar que o próprio artista se encontrava
presente e dei início a uma conversa que levou o talentoso artífice a contar-me
o início da sua arte, como a descobriu, como a efectua, onde já expôs e o tema
e o sentido de cada um dos quadros expostos. Simplesmente fabuloso, Álvaro
Costa descobriu a sua própria arte, uma nova forma de arte.
Fica
aqui o endereço do site de Álvaro Costa: http://www.alcosta.pt.vu/
e aqui podem ler uma breve entrevista: alcosta.web44.net/entrevistas/Criador%20Arte.pdf
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