Numa qualquer discoteca onde o
fumo dos cigarros se mistura com a bebida, uma zaragata estala acabando no homicídio de um jovem.
Impotentes e incapazes de sequer
reagir, o grupo de amigos observa o corpo de Miguel a ser transportado e
depressa vê crescer a ira de um crime cometido contra um deles.
O narrador, do qual não sabemos o
nome, sente-se revoltado e frustrado por saber que, provavelmente, o criminoso,
que todos conhecem, não será castigo devidamente nascendo nele uma necessidade
de vingança.
Embora seja um conto muito curto,
honestamente não gostei da história.
Percebi que a intenção de fundo é
sobre o mal que cobre a humanidade e a impunidade que assistimos diariamente em
qualquer noticiário, onde criminosos, de colarinho branco principalmente,
cometem crimes atrás de crimes sem que os mesmos sejam devidamente castigados.
Há depois aquela nossa vontade de fazermos justiça com as próprias mãos, porém
isso não passa de uma mera vontade sem determinação.
Desde a morte do jovem, o narrador
entra num estado de revolta que o leva a beber e viver obcecado com a vingança.
Tudo se passa de uma forma muito rápida, sem grande coerência, pois várias
questões se levantam, sendo a principal que, se todos conhecem o assassino,
como é que o narrador encontra o assassino em liberdade, aparentemente a
passear calmamente?
Confesso não ser um grande
apreciador de contos, mas penso que mesmo um conto deve ter um sentido coerente
e lógico dos acontecimentos narrados. Neste caso, há um acontecimento violento,
infelizmente algo comum, no entanto o desenrolar da narrativa é fraca cujo
sentido, embora pense ter captado, não é de todo coeso.
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