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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

100 Grandes Erros da História (Os) – Bill Fawcett



O Ser Humano mudou em pouquíssimo tempo a face do planeta, para o bem e para o mal. 


Desde os primeiros vestígios do Homo Sapiens há cerca de 500.000 anos (Paleolítico Inferior), o Homem em pouco tempo, tendo em conta História do planeta, revolucionou completamente tudo o que o rodeia e se pensarmos que as primeiras civilizações surgem há apenas 4.500 anos na Mesopotâmia, mais deslumbrante e fascinante se torna tudo.


No entanto o Ser Humano tem, entre muitas qualidades, um enorme defeito: Tem pouca memória e mesmo estudando e documentando a História, cada geração acha-se mais inteligente que a outra e, dessa forma, é uso e vezeiro em cometer erros que outras gerações cometeram e a História está cheia de exemplos desses.


George Santayana (1863-1952), afirmou: “Os que não conseguem aprender com a História estão condenados a repeti-la” e disse também, “A História é um conjunto de mentiras sobre acontecimentos que nunca ocorreram, contadas por pessoas que nunca lá estiveram”, afirmação muito curiosa e que considero cheia de razão.


Em todo o caso e pese embora tenha adorado ler este livro, o mesmo assenta num enorme axioma que é simplesmente “se a minha avó não morresse, ainda estava viva”, ou seja, o autor pretende com 100 casos, dar o exemplo que se não fossem esses erros a História teria sido diferente e hoje em dia a nossa sociedade era diferente. Isso é óbvio e ninguém necessita de casos para acreditar nisso, pois e conforme explica o Efeito Borboleta (que me fascina), uma qualquer acção tem obviamente influência no decurso do futuro.


No entanto achei muito curioso vários dos casos que o autor narra e que deram origem posteriormente a acontecimentos que, inclusivamente, tem influência no nosso país. Por outro lado achei igualmente curioso constatar que certos personagens, tidos como expoentes máximos da Humanidade, cometeram erros, alguns deles bastante primários que deram origem precisamente aquilo que os tornou célebres, ou seja, se não fossem esses erros, teriam ficado esquecidos nos anais da Historia e outros houve que bastou um erro para passarem ao esquecimento, dando lugar a outros personagens menores que nada fizeram para ficar na posterioridade. 


Como adoro História, gostei muito do livro pese embora tenha achado alguns casos um pouco forçados porque o autor não demonstra a sua influência no futuro da Humanidade, porém a grande maioria é de facto insólita e curiosa e, confesso, que os desconhecia.


Por último quero destacar o erro com que o autor finda a obra que foi o fim da Lei Glass-Steagall, uma lei que tinha sido criada nos Estados Unidos precisamente para evitar nova crise como a sucedida em 1929 e que só terminou no pós Segunda Guerra Mundial. Foi a administração Clinton que revogou essa lei e nessa altura um senador dizia: “Penso que daqui a 10 anos vamos olhar para trás e dizer que não devíamos ter feito isto, mas que o fizemos porque nos esquecemos do que aprendemos no passado e de que o que era verdade nos anos trinta será verdade em 2010…”. Pois é, foi precisamente a revogação dessa lei, o esquecimento do passado que fez criar essa lei, que criou a actual crise económica mundial. Espero bem que não seja necessário uma 3ª Grande Guerra para lhe por fim.


Mas esse apenas é um exemplo, é impressionante ver que o Ser Humano comete os mesmíssimos erros que foram cometidos no passado.


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