O
Ser Humano mudou em pouquíssimo tempo a face do planeta, para o bem e para o
mal.
Desde
os primeiros vestígios do Homo Sapiens há cerca de 500.000 anos (Paleolítico
Inferior), o Homem em pouco tempo, tendo em conta História do planeta,
revolucionou completamente tudo o que o rodeia e se pensarmos que as primeiras
civilizações surgem há apenas 4.500 anos na Mesopotâmia, mais deslumbrante e
fascinante se torna tudo.
No
entanto o Ser Humano tem, entre muitas qualidades, um enorme defeito: Tem pouca
memória e mesmo estudando e documentando a História, cada geração acha-se mais
inteligente que a outra e, dessa forma, é uso e vezeiro em cometer erros que
outras gerações cometeram e a História está cheia de exemplos desses.
George
Santayana (1863-1952), afirmou: “Os que não conseguem aprender com a História
estão condenados a repeti-la” e disse também, “A História é um conjunto de
mentiras sobre acontecimentos que nunca ocorreram, contadas por pessoas que
nunca lá estiveram”, afirmação muito curiosa e que considero cheia de razão.
Em
todo o caso e pese embora tenha adorado ler este livro, o mesmo assenta num
enorme axioma que é simplesmente “se a minha avó não morresse, ainda estava
viva”, ou seja, o autor pretende com 100 casos, dar o exemplo que se não fossem
esses erros a História teria sido diferente e hoje em dia a nossa sociedade era
diferente. Isso é óbvio e ninguém necessita de casos para acreditar nisso, pois
e conforme explica o Efeito Borboleta (que me fascina), uma qualquer acção tem
obviamente influência no decurso do futuro.
No
entanto achei muito curioso vários dos casos que o autor narra e que deram
origem posteriormente a acontecimentos que, inclusivamente, tem influência no
nosso país. Por outro lado achei igualmente curioso constatar que certos
personagens, tidos como expoentes máximos da Humanidade, cometeram erros,
alguns deles bastante primários que deram origem precisamente aquilo que os
tornou célebres, ou seja, se não fossem esses erros, teriam ficado esquecidos
nos anais da Historia e outros houve que bastou um erro para passarem ao
esquecimento, dando lugar a outros personagens menores que nada fizeram para
ficar na posterioridade.
Como
adoro História, gostei muito do livro pese embora tenha achado alguns casos um
pouco forçados porque o autor não demonstra a sua influência no futuro da
Humanidade, porém a grande maioria é de facto insólita e curiosa e, confesso,
que os desconhecia.
Por
último quero destacar o erro com que o autor finda a obra que foi o fim da Lei
Glass-Steagall, uma lei que tinha sido criada nos Estados Unidos precisamente
para evitar nova crise como a sucedida em 1929 e que só terminou no pós Segunda
Guerra Mundial. Foi a administração Clinton que revogou essa lei e nessa altura
um senador dizia: “Penso que daqui a 10 anos vamos olhar para trás e dizer que
não devíamos ter feito isto, mas que o fizemos porque nos esquecemos do que
aprendemos no passado e de que o que era verdade nos anos trinta será verdade
em 2010…”. Pois é, foi precisamente a revogação dessa lei, o esquecimento do
passado que fez criar essa lei, que criou a actual crise económica mundial.
Espero bem que não seja necessário uma 3ª Grande Guerra para lhe por fim.
Mas
esse apenas é um exemplo, é impressionante ver que o Ser Humano comete os
mesmíssimos erros que foram cometidos no passado.
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