Pese embora seja uma amante do
cinema, confesso até que tenho dificuldades em dizer se gosto mais de livros ou
de filmes, mas criei o blog para divagar sobre alguns livros que leio, não
recensões, mas mais divagações sobre as minhas considerações literárias, porém
resolvi abrir um parêntese, mais de dez anos depois de ter criado o blog, para
iniciar um novo capítulo precisamente abordar vários dos filmes que vejo.
Não tenho qualquer pretensão de
efectuar grandes considerações, mas sim abordar o que vejo e o que achei, ou
seja, se gostei ou não, se me marcou, se considero o assunto importante, sei
lá, sobre o que me apetecer.
É o caso do filme que inicia esta
rubrica que vou chamar “Cinema”.
Unfriended: Dark Web
O
filme é considerado de terror, tema que, confesso, é o meu preferido, mas o que
me fez ver o filme é o interesse que o Lado Negro da Internet me proporciona.
Tenho
lido que a Internet é como um iceberg, ou seja, o que é visível na internet
corresponde a 20% os outros 80% está no lado negro, ou seja, o que se passa
nesses 80% quando se sabe que páginas como a dos Anonymous, o Reddit's, o surgimento da Bitcoin, fóruns de hackers,
vendas de drogas ilícitas, enfim, um universo gigantesco e misterioso. E isso é
algo que me foi despertando algum fascínio, pois já percebi que muitos dos
crimes cibernéticos que por vezes ouvimos falar, nascem nesse lado negro.
O filme aborda
essa temática e foi isso que me despertou a atenção.
De uma forma
muito concisa, este filme norte-americano de 2018, realizado por Stephen Susco,
é uma espécie de continuação de um outro de 2014 e segue um grupo de amigos
que, em casa, se ligam uns aos outros através de várias redes sociais.
De início o filme é um pouco confuso e algo parvo, com aquelas piadas tipicamente adolescentes, mas começamos a perceber que o principal protagonista começa a abrir ficheiros no seu computador que lhe mostra uns filmes de raparigas a serem raptadas. Ou seja, ele admite que achou o computador em questão e que achou estranho que o disco de 1TB estivesse praticamente cheio. Abrindo essa pasta, dá com uma série interminável de arquivos obscuros e, mais, uma aplicação que o convida a entrar num programa que lhe permite a entrada no lado Negro da Net, uma espécie de vírus.
Ele resolve
partilhar a sua tela com os amigos, e todos eles começam a perceber que estão a
ser observados por alguém que começa a enviar mensagens afirmando que o computador
em questão é dele e que o quer devolvido, se não… assassina a namorada no
protagonista.
A
partir daí um imenso clima de suspense se instala e o terror acontece.
Não vou afirmar que o filme é excelente, não é,
longe disso, mas aborda uma temática muito interessante e demonstra que brincar
com o fogo é extremamente perigoso e pode acarretar danos muito graves. É uma
espécie de aviso à navegação sobre algo que, estou certo, tem sido motivo de
apuradas investigações de todas as entidades policiais do mundo, mas que arranja
sempre subterfúgios e basta ver, por exemplo, a temática do roubo da correspondência
privada ao Benfica que surge precisamente no anto da Dark Web com um hacker já identificado
que tem ligações intimas à Football Leaks.