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sábado, 15 de outubro de 2016

Sobre o Prémio Nobel da Literatura atribuído a Bob Dylan



Primeiro de tudo quero aqui deixar bem claro a minha admiração por Bob Dylan e por tudo o que tem feito pela música. Há muitos anos que oiço Bob Dylan e considero-o um génio da música a par de tantos outros que já partiram e que deixaram o seu cunho na cena musical.

 

Em todo o caso e longe de mim querer desvalorizar este prémio Nobel da Literatura, considero-o totalmente ofensivo e contranatura para a literatura contemporânea e para vários génios da literatura, considero mesmo ofensivo para os leitores.

 

Quero com isto dizer que não me enquadro na corrente do politicamente correcto que acha giro atribuir o prémio Nobel da Literatura a um músico. Penso por mim e sei elaborar a minha opinião sobre porque penso desta forma, mas este post acaba por nascer porque me deparo com constantes opiniões sobre a forma correcta como o prémio foi atribuído. Pois eu considero que NÃO FOI. BOB DYLAN É UM MÚSICO (pese embora até tenha escrito alguns livros mas do género musicais) E O PRÉMIO DA LITERATURA DEVE SER ATRIBUIDO A ESCRITORES e, vá lá, admito, poetas, que assumam essa arte.

 

Segundo a secretária-geral da Academia Sueca, Sara Danius, Dylan foi escolhido "por criar novas expressões poéticas dentro da grande tradição da música americana". 

 

MÚSICA!!! Não literatura!

 

Que injustiça para escritores contemporâneos como e cito de memória: Cormac McCarthy, Philip Roth, Antonio Muñoz Molina, Salman Rushdie, Paul Auster, Haruki Murakami, Amin Maalouf, e tantos outros que têm dado à literatura autenticas perolas imortais e que agora vêm um Músico ficar com um prémio que, justamente, já deveria ser seu.

 

Na minha opinião, com esta atribuição, a Academia sueca perde total credibilidade, um pouco como a academia de Hollywood onde os óscares obedecem a interesses e show offs. Se já antes não dava grande importância ao Nobel da Literatura, a partir deste ano, considero, até vergonhoso um escritor da craveira daqueles que acima enumerei recebe-lo. 

 

Que pena Saramago já não estar entre nós, o que eu não daria para ver a sua opinião sobre este atentado à literatura e aos leitores.





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