Pese
embora Stephen King seja um dos escritores mais traduzidos do mundo, com mais
de 400 milhões(!!!) de cópias vendidas e uma obra extensa que originou títulos
de culto, não apenas na literatura bem como no cinema, pessoalmente nunca fui
um grande fã de Stephen King, embora já tenha lido vários dos seus livros e
visto várias séries e filmes baseados nos livros, aliás, confesso que
geralmente até gosto mais das séries e dos filmes do que propriamente dos
livros. Aliás, considero Stephen King como um excepcional contador de
histórias, conseguindo escrever livros extensos com um simples episódio, mas
não o considero um bom escritor. Embora tenha o seu método de escrita que tanto
sucesso lhe trouxe, soube criar um género que foi de encontro a um nicho de leitores
e, com isso, a fama e o sucesso vieram por arrasto, sendo que, continua a ser a
sua linha.
Bom,
“A Cúpula”, supostamente começado a ser escrito na década de 70 e que King
abandonou, foi retomada em 2007 ou 2008, sendo que a sua publicação aconteceu
em Novembro de 2009.
É
uma obra muito extensa. Mais de 1100 páginas e o que narra a história?
Imaginemos
uma cidadezinha perdida nos confins dos Estados Unidos, num dia de Outono, eis
que, de repente a cidade se vê isolada do resto do mundo por uma cúpula invisível
que a envolve, uma espécie de campo de forças. Aviões, camiões, tudo, com ela
colidem e depressa o governo norte-americano envia o exercito para tentar
perceber o que se passa. Ninguém sabe de onde surgiu essa barreira nem de onde
veio e muito menos de quando irá desaparecer.
No
interior da cidade a estupefacção dá origem a desacatos sociais (como não podia
deixar de ser), e eis que Stephen King cria uma micro sociedade que recria a
nossa sociedade em toda a sua plenitude, com o respectivo herói e vilão.
Confesso
que a sinopse foi suficientemente cativante para pegar nos dois volumes, pois o
cenário sugerido era algo que me parecia ir dar a uma espécie de estudo da
sociedade e embora isso de facto aconteça, confesso que não gostei do livro e
da forma como o autor foi conduzindo a história.
Sim,
muitos assassinatos e muito sangue conforme King gosta, muitas indirectas e “bocas”
no que vai descrevendo, muito humor negro, mas grande parte do livro achei-o
monótono, aborrecido e por várias vezes estive a ponto de desistir, pois a
história é muito mastigada, pouco vai evoluindo e depressa começamos a
constatar como vai acabar.
Aliás,
penso que um dos principais defeitos desta obra é a sua enorme extensão.
Facilmente o autor teria conseguido contar o que queria por, vá lá, 500
páginas, mais de 1100 páginas é um tormento e só se compreende porque sabemos
que foi uma história que deu imenso prazer ao escritor, mas para o seu leitor
se torna uma maçada.
Dos vários
livros que li de Stephen King, este foi, de longe, o mais extenso, mas também
foi aquele que menos gostei e, que me lembre, o único, que tive tentado a
desistir.
Já ouviram falar do Deus das Moscas?
Uma obra excepcional que, tenho a certeza, Stephen King conhece bem!
Olá!
ResponderEliminarAdmito que sou uma fã de Sthepen King, mas nunca li esta obra dele. Há uma série com base nela, certo? Pelo que dizes do livro, acho que mais depressa vejo a série do que leio a obra.
Olá Anabela.
ResponderEliminarSim, existe uma série com 3 temporadas, salvo erro, mas cujas opiniões, para quem leu a obra e viu a série, foram péssimas.
Eu confesso que vi o primeiro episódio e chegou. Más interpretações e pouco a ver com o argumento do livro. Ou seja, a ideia é a mesma, mas os acontecimentos mudam logo nos primeiros minutos.