Para qualquer leitor, não há nada
mais irritante, do que se deparar com aquele(s) cliché(s) que denotam pouca
criatividade ou mesmo um aproveitamento de situações por parte do(a) escritor(a).
Bem sei que há alturas no enredo
que se torna difícil não repetir uma fórmula vencedora, e isso até é plausível,
mas existem alguns clichés que se tornam absurdos e que cortam o ritmo ao
leitor, aliás, já me deparei com clichés que, simplesmente, me fizeram desistir
da leitura.
Quando estava a ler um determinado livro,
fui-me deparando com alguns desses clichés que serviram de ponto de partida
para este post: Os clichés que mais me irritam:
- Sabem aquela cena de suspense,
no clímax da cena, no auge da tensão, quando estamos à espera que algo de
terrível vá suceder, eis que surge um gato ou qualquer outro animal (geralmente
são gatos) que, pacifica e tranquilamente se passeiam;
- O investigador/detective
espertalhão, engatatão, solitário, bêbado e desarrumado que vive para o
trabalho e é um génio na detecção de pequenos indícios que levam à descoberta assassino;
- Cenas intimas ou piadas
estúpidas em cenas catastróficas. No meio da acção, com o mundo a desmoronar,
eis que surge, metida a martelo, uma qualquer cena intima entre os
protagonistas ou então o personagem principal diz uma piadola estúpida;
- O vilão quando tem oportunidade
de “acabar” com o herói, resolve, depois de o ter espancado, conversar
bastante, aproveitando para contar episódios ou mesmo toda a sua vida ao herói,
que, bastante combalido, o ouve paciente e pacificamente dado o seu estado. Depois
vai-se embora ou então acontece qualquer coisa que permite ao herói sair dali
intacto;
- A referência a marcas. Isso é
muito típico na literatura norte-americana. As referências a marcas locais são
aborrecidas, cortam o ritmo e tornam o livro super-comercial. Bem sei que a
maioria tem protocolos de publicidade com essas marcas, mas enquanto leitor,
aborrecem-me.
- Algo que me irrita também é
quando, e isso aplica-se também ao cinema, um grupo sai para investigar algo de
perigoso (psicopata, criminoso, entidade paranormal, etc) e resolvem-se separar…
estúpido! No fim morrem todos excepto um deles que passa por situações
completamente inverosímeis e escapa ileso destruindo a entidade maléfica.
E quando o filme começa com duas personagens que não se dão bem, ou são obrigadas a interagir um com o outro, e acabam sempre por se apaixonar e ficar juntos? Não gosto nada de filmes românticos de Hollywood, e daqueles classe B, o enredo é sempre este.
ResponderEliminarNo cinema então há imensos clichés que tiveram o seu auge nas décadas de 40, 50 e 60. Esse é, sem dúvida, um deles, assim como também os triângulos amorosos que me irritam profundamente.
ResponderEliminar