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segunda-feira, 8 de abril de 2019

O Pior Livro: Zonas Húmidas de Charlotte Roche / O País do Medo de Isaac Rosa


A Anabela do blog “Livros& Saltos”, blog de Qualidade, sendo um dos poucos Blogs que visito diariamente, aceitou, simpaticamente, o meu repto para referir o Pior Livro que leu até ao presente, algo que agradeço.


Para qualquer leitor torna-se complicado mencionar um livro que efectivamente o irritou, pois é sempre complicado admitir que há livros maus (não há que recear a palavra), que se tornam um mistério do porquê da sua edição.

Em todo o caso é sempre uma avaliação pessoal, onde a subjectividade depende de quem o lê.

Aqui fica a sua escolha:



Seria de esperar que quando me perguntam qual foi o pior livro que já li a resposta tivesse de ser pensada durante, pelo menos, uns minutos. Mas a verdade é que imediatamente me surgem dois livros que li e que nunca me saíram da memória, de tão maus que eram. Um era Zonas Húmidas, de Charlotte Roche. Foi tão mau que eu li-o todo em dois míseros dias, devorei-o, só para ver até onde a autora conseguia chegar. Devo dizer que foi bastante longe, que meteu hemorróidas e rodas de macas. Ainda assim acho que é o outro que merece realmente o troféu de pior livro, apesar de ser bem menos…nojento.




Esse livro é O País do Medo de Isaac Rosa.

O livro em si até está relativamente bem escrito. Entendam-me, o problema não são os erros (sim, há livros com muitos, muitos erros) que ele não tem, ou uma escrita chata e pasmacenta. A escrita é relativamente boa e acessível. Dá para ler.

O problema é realmente a personagem principal. Esta obra conta a história de Carlos, um homem que tem medo de tudo. No início da obra, os medos dele até parecem algo razoáveis: ser assaltado, ser espancado, que raptem o filho…

O problema é a maneira como esses medos vão sendo mostrados mais e mais e mais ao longo da obra.

Quando o filho começa a ter problemas na escola, a história atinge um ponto de não retorno no que toca à loucura. Carlos tem medo de tudo, começa a mentir para fugir das situações que teme e isso só lhe cria novos medos que dão origem a mais mentiras e mais medos.

Várias vezes neste livro tive vontade de arrancar Carlos daquelas páginas, de o agarrar pelos ombros, de o abanar, de lhe dar dois pares de estalos e lhe dizer para deixar de ser um cobarde. Ele é tão medricas, a um ponto tão irritante, que a vontade que o leitor tem é atirar o livro contra a parede, agredi-lo, já que não podemos agredir Carlos. 

E eu nem sequer terminei de ler este livro. Estava demasiado irritada, com tanto medo.

Um livro que é capaz de dar um ataque de nervos até aos leitores mais calmos e controlados.

 


3 comentários:

  1. Obrigada eu pela oportunidade. Gostei muito do tema da rubrica ;)

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  2. Eu é que agradeço.

    E fica atenta porque estou a pensar em criar uma temática que eu vou abordar e onde vou convidar, esporadicamente, um selecto grupo de bloggers.

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