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sábado, 16 de abril de 2016

Diário de uma Ninfomaníaca – Valérie Tasso



Pese embora tenha as minhas preferências literárias, gosto, aqui e ali, de ir lendo géneros diferentes como, por exemplo, memórias ou autobiografias, sendo que, nestes casos tenho sempre grandes dificuldades de perceber onde começa a realidade e acaba a ficção. Ou seja, numa autobiografia ou num livro de memórias escrito pelo próprio autor, é fácil, digo-o em pudores, inventar ou criar episódios que nunca existiram a fim de querer passar uma imagem que não é a real, por isso é que evito esses géneros, preferindo sim, quando é o caso, de biografias escritas com ao devido afastamento e isenção.

Posto isto, peguei à dias num livro que tenho na lista “a ler” há anos e que tinha sempre sido relegado em prol de outros que me cativavam por qualquer razão. Dei por mim a visualizar a pilha de livros e descobri livros que nem me lembrava que tinha, entre eles este “Diário de uma Ninfomaníaca”. Devido às suas exíguas páginas, resolvi lê-lo, o que fiz num par de dias.

Que conclui?
 
Sinceramente não gostei!

Sem querer entrar em grandes detalhes, porque para detalhes qualquer um pode procurar as sinopses e opiniões sinoptizadas que por aí abundam, o livro é escrito por alguém que se propõe a contar as suas memórias. E são memórias tórridas, povoadas de sexo promíscuo como se não houvesse amanha e onde o que conta é coleccionar casos atrás de casos de uma forma, diria, surreal.

E há de tudo. Desde o tipo que se conhece à saída no metro para uma “rapidinha” de seguida, passando por sexo em cima de uma campa com dois coveiros, acabando num gordo sadomasoquista mal cheiroso. Enfim acredita quem quer e, honestamente, eu não acredito que a promiscuidade chegue a tanto. 

Penso que foi um livro escrito por alguém muito inteligente que quer fazer crer que tais acontecimentos são verídicos, pese embora admita que possa existir algum fundo de verdade, como e por exemplo, o facto de virado prostituta e de com isso ter ganho muito dinheiro. No entanto confesso a minha dificuldade em acreditar em muitos casos narrados, pois se formos analisar alinha condutora da autora, nem fazem sentido, como por exemplo, alguém que é tão “dono” de si própria, ser completamente dominada e enganada por um homem com a dobro da idade, ainda por mais sem grandes atributos físicos. Pois está bem!

Li, está lido e é um livro para arrumar e não voltar a ser manuseado por mim, nem sequer fiquei com curiosidade acerca do filme que supostamente foi realizado em 2008, creio.


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