Pese
embora tenha as minhas preferências literárias, gosto, aqui e ali, de ir lendo
géneros diferentes como, por exemplo, memórias ou autobiografias, sendo que,
nestes casos tenho sempre grandes dificuldades de perceber onde começa a
realidade e acaba a ficção. Ou seja, numa autobiografia ou num livro de
memórias escrito pelo próprio autor, é fácil, digo-o em pudores, inventar ou
criar episódios que nunca existiram a fim de querer passar uma imagem que não é
a real, por isso é que evito esses géneros, preferindo sim, quando é o caso, de
biografias escritas com ao devido afastamento e isenção.
Posto
isto, peguei à dias num livro que tenho na lista “a ler” há anos e que tinha
sempre sido relegado em prol de outros que me cativavam por qualquer razão. Dei
por mim a visualizar a pilha de livros e descobri livros que nem me lembrava
que tinha, entre eles este “Diário de uma Ninfomaníaca”. Devido às suas exíguas
páginas, resolvi lê-lo, o que fiz num par de dias.
Que
conclui?
Sinceramente
não gostei!
Sem
querer entrar em grandes detalhes, porque para detalhes qualquer um pode
procurar as sinopses e opiniões sinoptizadas que por aí abundam, o livro é
escrito por alguém que se propõe a contar as suas memórias. E são memórias
tórridas, povoadas de sexo promíscuo como se não houvesse amanha e onde o que
conta é coleccionar casos atrás de casos de uma forma, diria, surreal.
E há
de tudo. Desde o tipo que se conhece à saída no metro para uma “rapidinha” de
seguida, passando por sexo em cima de uma campa com dois coveiros, acabando num
gordo sadomasoquista mal cheiroso. Enfim acredita quem quer e, honestamente, eu
não acredito que a promiscuidade chegue a tanto.
Penso
que foi um livro escrito por alguém muito inteligente que quer fazer crer que
tais acontecimentos são verídicos, pese embora admita que possa existir algum
fundo de verdade, como e por exemplo, o facto de virado prostituta e de com
isso ter ganho muito dinheiro. No entanto confesso a minha dificuldade em
acreditar em muitos casos narrados, pois se formos analisar alinha condutora da
autora, nem fazem sentido, como por exemplo, alguém que é tão “dono” de si
própria, ser completamente dominada e enganada por um homem com a dobro da
idade, ainda por mais sem grandes atributos físicos. Pois está bem!
Li,
está lido e é um livro para arrumar e não voltar a ser manuseado por mim, nem
sequer fiquei com curiosidade acerca do filme que supostamente foi realizado em
2008, creio.
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