Realizado por Dennis Iliadis,
com um conjunto de actores completamente desconhecidos para mim, excepto quem
protagoniza a personagem da mulher polícia, este “Delirium” tem como premissa o
seguinte:
Um rapaz é libertado de um
instituto psiquiátrico, herdando uma mansão onde viveu até ter sido encerrado
nesse instituto. De início sabemos que o pai se suicidou recentemente e que a
mãe os abandonou pouco antes do terrível acontecimento que determinou a sua ida
para o instituto e a prisão do seu irmão mais velho, isso, vinte anos antes.
Com uma pulseira eletrónica e
sendo obrigado a apresentações diárias diante de uma câmara com ligação à polícia,
o jovem volta assim à mansão, edifício enorme e completamente provido de vida, onde
o jovem terá de passar, pelo menos, trinta dias até que a sua libertação seja
efectiva.
Logo na primeira noite começam a
suceder eventos perturbadores que o levam a acreditar que a casa é assombrada,
iniciando aí uma pesquisa que o irá levar a desvendar segredos recônditos da
sua família e a razão do desaparecimento dos seus pais.
A premissa é engraçada e
efectivamente o realizador trabalha de forma razoável o distúrbio das várias
personalidades (Transtorno de múltiplas personalidades), deixando-nos sempre na dúvida se o que parece, é, ou se aquilo está
mesmo a acontecer ou se aqueles factos são apenas originários da sua mente,
porém e tirando isso que, confesso, achei interessante, o filme está cheio de
clichés que vão tornando a história algo previsível e até aborrecida.
Em todo o
caso há ali motivos para dois ou três sustos, sobretudo no aspecto de suspense que
o realizador consegue criar, mas no geral revela-se um filme fraco e com um
final muito previsível, mas que curiosamente, deixa espaço para várias
interpretações, pese embora e na minha opinião, sejam claras as intenções do
realizador.
Classificação: 2 Estrelas em 5
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