Tal como escrevi há tempos sobre um determinado livro, há títulos que me chegam às mãos não só por mero acaso, como também como uma espécie de dádiva que qualquer ser celestial resolve oferecer-me.
Este “As Cinzas de Ângela”, de Frank McCourt é um desses títulos.
Um livro que, curiosamente, cada vez que ia à Biblioteca me parecia gritar: “Leva-me!”. No entanto a pequena descrição no verso do livro nunca me despertou especial atenção e, não sei dizer porquê, um dia senti-me como que seduzido e resolvi requisitá-lo.
Que obra extraordinária!
“As Cinzas de Ângela” narra a infância miserável e decadente de Frank McCourt, ele próprio, o autor do livro que, diga-se, venceu o Prêmio Pulitzer e o National Book Award com este livro.
Por voz própria, McCourt vai-nos descrevendo a sua deplorável infância na sua Irlanda. Uma vida em condições sub-humanas na companhia dos pais e irmãos. Vamos assim conhecendo uma cidade de Limerick dos anos quarenta que ainda vive sob os espectros da guerra civil e das atrocidades centenárias dos ingleses. Atrocidades que cimentam velhos rancores e profundos complexos nos irlandeses.
Numa época em que a Europa e parte do Mundo estão mergulhados na guerra, McCourt, sempre em tom irónico e sem qualquer tipo de medos, descreve a sua comunidade. Uma comunidade profundamente egoísta, marcada por superstições ancestrais, assente numa mentalidade submissa mas, ao mesmo tempo, guerreira, enérgica e muito, muito religiosa.
Uma história de vida trágica, mas onde a dignidade, a coragem e a força de vontade vão vencendo as duras vicissitudes de uma vida negra, dando a cada uma dessas vidas, não um significado (ali poucas vidas têm algum sentido e significado), mas um contributo para um conjunto de memórias que tornam este livro num hino à vida, à coragem e ao próprio povo irlandês.
Este “As Cinzas de Ângela”, de Frank McCourt é um desses títulos.
Um livro que, curiosamente, cada vez que ia à Biblioteca me parecia gritar: “Leva-me!”. No entanto a pequena descrição no verso do livro nunca me despertou especial atenção e, não sei dizer porquê, um dia senti-me como que seduzido e resolvi requisitá-lo.
Que obra extraordinária!
“As Cinzas de Ângela” narra a infância miserável e decadente de Frank McCourt, ele próprio, o autor do livro que, diga-se, venceu o Prêmio Pulitzer e o National Book Award com este livro.
Por voz própria, McCourt vai-nos descrevendo a sua deplorável infância na sua Irlanda. Uma vida em condições sub-humanas na companhia dos pais e irmãos. Vamos assim conhecendo uma cidade de Limerick dos anos quarenta que ainda vive sob os espectros da guerra civil e das atrocidades centenárias dos ingleses. Atrocidades que cimentam velhos rancores e profundos complexos nos irlandeses.
Numa época em que a Europa e parte do Mundo estão mergulhados na guerra, McCourt, sempre em tom irónico e sem qualquer tipo de medos, descreve a sua comunidade. Uma comunidade profundamente egoísta, marcada por superstições ancestrais, assente numa mentalidade submissa mas, ao mesmo tempo, guerreira, enérgica e muito, muito religiosa.
Uma história de vida trágica, mas onde a dignidade, a coragem e a força de vontade vão vencendo as duras vicissitudes de uma vida negra, dando a cada uma dessas vidas, não um significado (ali poucas vidas têm algum sentido e significado), mas um contributo para um conjunto de memórias que tornam este livro num hino à vida, à coragem e ao próprio povo irlandês.
Classificação: 5
17 comentários:
Parece excelente! Tenho-o por ler há já algum tempo, mas a tua opinião fez-me ficar com vontade de lhe pegar o quanto antes :)
Olá Iceman!
É nestas alturas que costumo pensar que os livros nos escolhem e não o contrário ;)
Como sempre, gostei do teu comentário. Parece um livro que para além de narrar a história de uma pessoa sofrida, também nos diz muito sobre a sociedade em questão.
Continuação de boas leituras.
Li este livro há bem pouco tempo e também foi com imenso agrado que o fiz...
Olá Iceman!
Excelente comentário. Estava de olho neste livro. Agora com o seu comentário, aguçou ainda mais a minha curiosidade.
Abraço
Lili
Qdo li este livro, era muito nova mas tocou-me especialmente. Mesmo muito.
Foi bom recordá-lo.
Também tenho um blog sobre livros, que tal espreitar?
Olá Canochinha.
Sim, é excelente assim coma a continuação que, daqui a dia, colocarei a minha opinião. Este é daqueles livros que se lêem num ápice.
Olá Paula!
Sim, compreendo o que queres dizer e eu tenho vários casos destes. Livros que não me dizem rigorosamente nada, que passo por ele inúmeras vezes, casos há em que lhes pego e, um dia, parece que sobressaem.
Este foi um desses casos.
Este livro é também um hino à força de vontade. Uma prova que o ser humano, quando quer, tudo consegue.
Viva Neuza!
Leste a continuação?
É também muito bom!
Viva Cláudia!
Desconhecia o teu blog, já o adicionei aos meus favoritos.
;D
Obrigado!
Olá Lili.
Sim, o livro é excelente. Se gostas deste tipo de histórias, então lê-o sem receios, irás adorar.
Olá Iceman!
Estou passando para avisar que tens o prémio "Master Blogue" no ...viajar pela leitura...
Abraços!!
Um livro que li, talvez, há uns 8 anos atrás (e que parece que li hoje mesmo) que me marcou, porque a história não é fácil, porque, infelizmente, há muitas vidas assim, duras, miseráveis, de luta em que, apesar de tudo, há esperança.
Hoje recordei este livro, porque faleceu o autor que o escreveu!
Viva Lucie.
Sim, de facto McCourt faleceu hoje.
Este livro conta a sua infância, é um livro duro mas que revela sempre uma grande esperança no futuro.
Nos próximos dias colocarei a opinião da continuação deste livro.
ESTE LIVRO DE FRANK MCCOURT É MAIS DOQUE UMA OBRA PRIMA, VAI ALEM DE TODOS NÓS,ELE MOSTRA A FORÇA DE VONTADE DE VIVER DE UMA FAMILIA IRLANDESA, VIVENDO PRECARIAMENTE
LENDO ESSE LIVRO DE FRANK MCCOURT OU ASSISTINDO O FILME, É COMO VER A PEÇA DE TEATRO, William Shakespeare,Hamlet
GIRLANDIO SANTANA
Infelizmente, o autor faleceu há pouco tempo...
Olho para este livro e espero algo que me arrebata. Não sei se será o caso, mas pelo que escreves, tenho poucas dúvidas. Em breve adquiro o livro ;)
Olha, e eu li e gostei do segundo volume, mas infelizmente perdi a opinião que na altura escrevi.
Mas enfim, aconselho também o segundo livro.
Olha, e eu li e gostei do segundo volume, mas infelizmente perdi a opinião que na altura escrevi.
Mas enfim, aconselho também o segundo livro.
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