domingo, 12 de fevereiro de 2012

Monge que Vendeu o seu Ferrari (O) – Robin S. Sharma



Eis a fábula que é a essência de tudo: “estás sentado no meio de um magnífico jardim, verde e luxuriante. Este jardim está repleto de flores, as flores mais bonitas que já viste em toda a tua vida. O ambiente que te rodeia é de uma serenidade e silêncios absolutos. Saboreia as delícias sensuais deste jardim e sente que tens todo o tempo do mundo para desfrutar deste oásis natural. Quando olhas em volta, vês a meio do mágico jardim um imponente farol encarnado, com seis andares de altura. Subitamente, o silêncio do jardim é quebrado pelo ranger sonoro da porta do farol a abrir-se. De lá, sai um lutador de sumo japonês, com um metro e noventa e quinhentos quilos de peso, que se aproxima descontraidamente do centro do jardim. O lutador de sumo está praticamente nú. Só tem um cabo cor-de-rosa a tapar-lhe as partes privadas. Quando o lutador de sumo começa a percorrer o jardim, encontra um brilhante cronometro dourado, que alguém deixou para trás há muitos anos. Ele põe-no no braço e cai no chão com estrondo. O lutador de sumo está inconsciente e jaz por terra, silencioso e imóvel. Quando pensas que ele morreu, o lutador acorda, porventura, despertado pela fragância de umas rosas amarelas que se encontram junto dele. Cheio de energia, o lutador põe-se rapidamente de pé e olha instintivamente para a esquerda. Fica espantado com o que vê. Através dos arbustros, nos confins do jardim, vê um longo carreiro serpenteado coberto por milhões de diamantes reluzentes. Algo indica ao lutador para seguir aquele carreiro e, para mérito dele, fá-lo. Este carreiro leva-o à estrada da alegria e da bênção eternas.”

Esta fábula, há muito usada pelos Sábios do Sivana, contem sete objectos que definem as sete virtudes intemporais para uma vida esclarecida e bem sucedida.

Confesso que esta obra me surpreendeu imenso pela positiva. De inicio pensei estar diante de mais um livro de auto-ajuda, mas depois de ler esta fábula, seguida pelas explicações iniciais, constatei da sua objectividade e da sua praticabilidade.

Julian Mantle é um advogado bem sucedido. Rico, charmoso, Julian é implacável na sala de tribunal, conseguindo amealhar fama e uma imensa riqueza que o permite comer nos melhores restaurantes, ter uma casa de sonho, 300 milhões na conta bancária e um Ferrari.

No entanto, num dia, cai em plena sala de audiências repleta de gente, vítima de um ataque cardíaco. Refeito do susto, Julian resolve mudar de vida. Para onde? Nessa busca, Julian viaja à Índia e acaba por tomar conhecimento de um grupo místico de sábios que vivem nas alturas dos Himalaias. A sua busca surte efeito e é no seio desse grupo que Julian irá descobrir as virtudes que irão transformar a sua vida e são elas que nos são mencionadas em várias metáforas, fabulas e alegorias.

Domina a tua mente; Cumpre os teus objectivos; Pratica o Kaizen; Vive com disciplina; Respeita o teu tempo; Serve os outros altruisticamente e Vive no presente.

São estas as sete virtudes e, de facto, este livro faz-nos ver quanto é fácil e acessível praticar essas virtudes e das boas consequências que daí advirão.

7 comentários:

Miguel Pestana disse...

Olá.

Posso te dizer que este é um dos meus livros preferidos, dentro da temática.
Depois de lê-lo, não consegui pensar como antes. Serviu-me como uma «lavagem cerebral».

Claro que é impossivel termos o conteudo/ essencia do que está dentro do livro muito tempo connosco, porque o tempo não pára.

Abraço

Unknown disse...

Olá, Iceman.
Estive com esse livro na mão e optei por não o comprar por ter pensado tratar-se de um livro de auto-ajuda, temática cuja leitura não aprecio.
Com base na tua opinião vê-se que é mais do que isso e que o seu conteúdo consegue surpreender pela positiva.
Será que o devia ter comprado? :)
Um abraço.

Paula disse...

Tenho este livro há algum tempo por ler :P
Tenho de pegar nele!
Abraço

NLivros disse...

Olá Miguel!

Sim, a primeira vez que ouvi falar neste livro foi precisamente no teu blog e o titulo ficou-me na retina. Acabei por o ver num alfarrabista e como o preço era apelativo, trouxe-o e ainda bem.

É um excelente livro!

Abraço!

NLivros disse...

Olá André!

Sim, pela sinopse parece mais um livro de auto-ajuda, mas e a meu ver, não é bem assim.

É um livro que refere aquilo que todos nós sentimos e pensamos mas que raramente colocamos em prática.

A mim surpreendeu-me e muito pela positiva.

Abraço!

NLivros disse...

Olá Paula!

Vais gostar, tenho a certeza.

Abraço!

Anónimo disse...

Gostei deste livro e considerei-o uma boa referência dentro do género, mas a certa altura senti que estava a receber uma lição de moral :)
Boas leituras!