Gary Jennings, autor reconhecido em todo o mundo como um dos melhores autores do género romance histórico, era um homem muito erudito que levava a cabo intensas e rigorosas pesquisas antes de escrever os seus livros.
Falecido em 1999, Jennings deixou ao mundo um conjunto de obras aclamadas pela crítica, entre as quais “Asteca” que comporta as obras, em Portugal, “Orgulho Asteca” e “Sangue Asteca”, dois volumes.
Fascinado pelos Astecas, Gary viveu durante 12 anos no México. Aprendeu espanhol antigo e passou todos esses anos a viajar pelas selvas mexicanas e a ler textos antigos, tanto dos Mexica (Astecas) como dos espanhóis. Assim começou a criar todo o exótico mundo asteca, dando a esta obra uma autenticidade única, pois toda ela é baseada em factos verídicos.
Publicado pela editora “Saída de Emergência”, estes dois volumes, conforme referi acima, compõem a obra “Aztec” e é uma das melhores obras que já li, sem dúvida a mais realista e brutal.
Em 1519 Herman Cortez chega à costa do império Mexica. Confundido com o Deus Quetzalcoatl que, diziam as tradições Mexica, regressaria vindo do mar precisamente nessa altura, faz com que os senhores dos impérios não levantem armas contra os homens barbudos. Após várias intrigas com os povos subjugados pelos poderosos Mexica, equipado por apenas alguns cavalos, poucas centenas de soldados e meia dúzia de peças de artilharia, consegue chegar à cidade estado do império, devastando-a.
Pouco tempo depois o rei de Espanha ordena ao bispo da Nueva España que lhe faculte toda a informação sobre a vida, costumes e tradições daquele exótico e estranho povo agora vassalo de Espanha. O bispo, contra sua vontade, decide convocar um ancião asteca, iniciando assim a narração das suas memórias e, claro, do modo de vida e das tradições astecas.
No primeiro livro, “Orgulho Asteca”, seguimos o jovem Mixtli na sua vida familiar e no início da sua vida activa na sociedade Mexica. Nas suas memórias, relatadas com detalhe, ficamos a conhecer como funcionava aquela sociedade. No segundo livro, “Sangue Asteca”, continuamos a seguir a vida de Mixtli, já adulto com uma posição, e uma sociedade que se debate então com a chegada dos deuses prometidos ou de estranhos estrangeiros. Esse capítulo marca o fim desta civilização, dando-nos então a conhecer a verdadeira história da subjugação espanhola em simultâneo que nos fornece outras histórias que nos permitem entender alguns dos mitos acerca de cidades de ouro, etc. Curioso saber, entre muitas outras curiosidades, que foram os próprios espanhóis a fazer com que o fabuloso tesouro asteca se tivesse perdido.
Bom, mas o que ele vai narrar vai chocar não só o austero bispo, como toda a sociedade ocidental.
Uma obra poderosa, portentosa e brutal que descreve os alicerces onde assentava essa civilização, o modo como viviam, como desfrutavam os prazeres da vida, da religião que lhe dava permissão para todo o tipo de prazeres…, a forma como viam os brancos e a estranheza de os mesmos serem tão arcaicos…
Guerras, incesto, assassinatos, canibalismo e rituais religiosos sangrentos marcam uma civilização cheia de preconceitos, medos e fascínio pelo sobrenatural.
Uma obra violentíssima, exótica e muito sensual. A descrição dos actos de canibalismo, assassinatos, envolvimentos sexuais e dos rituais são arrepiantes. O à vontade e a naturalidade com que Mixtli narra a sua história vai contra tudo o que é considerado convencional pelos europeus.
Um épico notável que aconselho vivamente aqueles que gostam do género histórico, diria até para quem gosta de História pura, pois este é mais que um romance, é um documento histórico sobre os Mexia, os Astecas.
Com esta obra entramos no mais íntimo daquele povo, somos transportados ao seu coração, à sua alma e vivemos o auge de uma colossal civilização.
Falecido em 1999, Jennings deixou ao mundo um conjunto de obras aclamadas pela crítica, entre as quais “Asteca” que comporta as obras, em Portugal, “Orgulho Asteca” e “Sangue Asteca”, dois volumes.
Fascinado pelos Astecas, Gary viveu durante 12 anos no México. Aprendeu espanhol antigo e passou todos esses anos a viajar pelas selvas mexicanas e a ler textos antigos, tanto dos Mexica (Astecas) como dos espanhóis. Assim começou a criar todo o exótico mundo asteca, dando a esta obra uma autenticidade única, pois toda ela é baseada em factos verídicos.
Publicado pela editora “Saída de Emergência”, estes dois volumes, conforme referi acima, compõem a obra “Aztec” e é uma das melhores obras que já li, sem dúvida a mais realista e brutal.
Em 1519 Herman Cortez chega à costa do império Mexica. Confundido com o Deus Quetzalcoatl que, diziam as tradições Mexica, regressaria vindo do mar precisamente nessa altura, faz com que os senhores dos impérios não levantem armas contra os homens barbudos. Após várias intrigas com os povos subjugados pelos poderosos Mexica, equipado por apenas alguns cavalos, poucas centenas de soldados e meia dúzia de peças de artilharia, consegue chegar à cidade estado do império, devastando-a.
Pouco tempo depois o rei de Espanha ordena ao bispo da Nueva España que lhe faculte toda a informação sobre a vida, costumes e tradições daquele exótico e estranho povo agora vassalo de Espanha. O bispo, contra sua vontade, decide convocar um ancião asteca, iniciando assim a narração das suas memórias e, claro, do modo de vida e das tradições astecas.
No primeiro livro, “Orgulho Asteca”, seguimos o jovem Mixtli na sua vida familiar e no início da sua vida activa na sociedade Mexica. Nas suas memórias, relatadas com detalhe, ficamos a conhecer como funcionava aquela sociedade. No segundo livro, “Sangue Asteca”, continuamos a seguir a vida de Mixtli, já adulto com uma posição, e uma sociedade que se debate então com a chegada dos deuses prometidos ou de estranhos estrangeiros. Esse capítulo marca o fim desta civilização, dando-nos então a conhecer a verdadeira história da subjugação espanhola em simultâneo que nos fornece outras histórias que nos permitem entender alguns dos mitos acerca de cidades de ouro, etc. Curioso saber, entre muitas outras curiosidades, que foram os próprios espanhóis a fazer com que o fabuloso tesouro asteca se tivesse perdido.
Bom, mas o que ele vai narrar vai chocar não só o austero bispo, como toda a sociedade ocidental.
Uma obra poderosa, portentosa e brutal que descreve os alicerces onde assentava essa civilização, o modo como viviam, como desfrutavam os prazeres da vida, da religião que lhe dava permissão para todo o tipo de prazeres…, a forma como viam os brancos e a estranheza de os mesmos serem tão arcaicos…
Guerras, incesto, assassinatos, canibalismo e rituais religiosos sangrentos marcam uma civilização cheia de preconceitos, medos e fascínio pelo sobrenatural.
Uma obra violentíssima, exótica e muito sensual. A descrição dos actos de canibalismo, assassinatos, envolvimentos sexuais e dos rituais são arrepiantes. O à vontade e a naturalidade com que Mixtli narra a sua história vai contra tudo o que é considerado convencional pelos europeus.
Um épico notável que aconselho vivamente aqueles que gostam do género histórico, diria até para quem gosta de História pura, pois este é mais que um romance, é um documento histórico sobre os Mexia, os Astecas.
Com esta obra entramos no mais íntimo daquele povo, somos transportados ao seu coração, à sua alma e vivemos o auge de uma colossal civilização.
17 comentários:
Depois da tua opinião, tenho prestado imensa atenção para este livro! por enquanto ainda só vi à venda o primeiro volume, mas quando for comprar é para trazer logo os dois! Depois da tua muito positiva apreciação, fiquei muito interessado! Porque é disso que gostamos: livros brutais ;)
Parece muito, mas mesmo muito interessante. Sou fascinada por estas civilizações e parece que estes livros o relatam de um forma muito autêntica. Obrigado pela sugestão!
Viva Pedro.
Já havia comentado contigo que esta obra seria das melhores que li até à data.
Embora os volumes sejam caros (para variar), podes aproveitar a promoção actual da Editora, pois estão a vender um pack dos dois volumes e, dessa forma, sempre se pode economizar alguns euros.
Mas acredita, do muito que já li, esta obra é a mais brutal. A meu ver, apenas as "Crónicas do Senhor da Guerra" de Cornwell lhe fazem sombra.
Olá canochinha.
Acredita que este é dos melhores livros do género que já li.
Intenso, violento, sensual, realista, apaixonante e viciante, leva-os ao seio da civiliação Mexica e a um século onde a brutalidade era ordem.
Muito interessante. Fiquei realmente de água na boca. Será uma das próximas aquisições. Obrigada pela crítica!
Olá WhiteLady3.
Correndo o risco de me repetir, este é daqueles romances históricos que enche as medidas aos apreciadores.
Para além de muito se aprender, o autor consegue criar na nossa mente toda aquela fascinante civilização, para além de, face à sua exímia capacidade em descrever lugares e situações, acabamos por entrar dentro da história, dando connosco a viver os rituais, as guerras, etc.
Uma obra soberba que de facto aconselho!
Obrigado ;) O teu espaço é bom para quem gosta de ler, trocar e partilhar opiniões sobre livros. Nota-se que és um "devorador" de livros, o que eu acho que faz muito bem a toda a gente! ;) Boa crítica, parece ser muito interessante!
OLá Ana, gosto em te ver por este cantinho.
Sim, adoro e devoro livros e esta é a minha colaboração para espicaçar mais leitores, para além de, encontrar outros amantes dos livros.
Já compre estes 2 livros aproveitando a promoção do pack.
Além de gostar muito de história sou fascinada pela história dos antigos povos da américa do sul. Acho as suas culturas algo de fascinante mesmo.
Depois desta tua crítica acredita que subiram uns bons lugares na lista de livros para ler :D
Foi o melhor que fizeste, esta obra é soberba, fantástica, genial, apaixonante, viciante e mais antes...
Acredita, vais adorar!
Li todos os livros de Gary Jennings
e gostei de mais por que sao todos otimos de se ler. Agora irei começar a ler outros romances de Gary.
Possuo uma edição completa com os dois volumes em um, acabei de ler ontem, livro apaixonante, brutal, lindamente escrito e com um final que nos deixa a todos perplexos, Afinal quem serão os verdadeiros selvagens, o indio com seus ritos ou o branco com sua ambição?
Uma das melhores obras que li... recomendo.
Comprei estes livros acho que o ano passado ou quase há dois anos. Sabes o que me impede de pegar neles? Acho que não vou entender nada :P
Já folhei os "benditos" mas ainda não foi desta :P
Curioso, estava eu em busca de outras obras de Gary Jennings quando dei com o teu blog!
Partilho da mesma opinião em relação a esta verdadeira obra de arte!
Para mim é um livro de uma vida e está ao mesmo nível de Ana Karenina, Três Mosqueteiros, Conde Monte Cristo e suspeito Guerra e Paz (digo suspeito, pois ainda será a minha proxima leitura, mas duvido que Tolstoi me desiluda)!
Já agora uma questão, conheces outras obras de Gary Jennings?
Para finalizar os meus parabéns pelo blog, suspeito que passarei a ser vista regular! :)
Segundo consegui apurar, tirando Asteca, Jennings só escreveu uma obra que relata a vida na zona passados 20 anos da chegada dos castelhanos.
Mas tal livro nunca foi publicado em Portugal, segundo sei.
Olá, Iceman! Eu amei muito sua resenha, e como você descreveu o livro. Passou toda a emoção que senti quando eu o li. Asteca é um livro maravilhoso,um dos melhores romances que já li.
Queria dizer que eu coloquei uma parte da sua resenha no blog, mas que lhe dei os créditos, tá? Era só pra avisar :D
Beeijo.
http://www.quasedescolada.com
@Pedro tem mais razão pra ficar empolgado. Não são apenas 2 livros. A série conta com 5 livros no total. Abraço
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