Neste pequeno grande livro, exemplarmente encadernado e ilustrado com uma série de belíssimas aguarelas da autoria de João Espada, os autores traçam o percurso de algumas pessoas que colocaram fim à Monarquia ou, se quiserem, foi o seu envolvimento que esteve por detrás da implementação da República no dia 05 de Outubro de 1910.
Mas e embora o livro incida nesses personagens que aguentaram na rotunda (Marquês de Pombal) o assalto das tropas fiéis à monarquia, o que mais realço é a forma como é narrado todo o processo da queda da monarquia e o papel desses personagens, alguns completamente desconhecidos até à data.
É um livro de fácil leitura, lê-se num par de horas (literalmente) e no final, para além de sairmos mais ricos, ficamos com a sensação de quem lutou pela república, quem por ela morreu, decerto não lhe passava pela cabeça o estado em que ela se encontra e de quem dela se aproveitou e aproveita. Aliás, há nomes importantes que poucos anos depois, desiludidos com o estado decadente da república, ajudaram a fazê-la cair.
Como curiosidade o comandante Machado Santos escreveu, pelo seu punho a primeira lei da república que constava assim: “todo o indivíduo que seja encontrado a roubar, a assassinar ou a cometer violência contra mulheres e crianças, será imediatamente fuzilado…”.
Tomara termos presentemente leis dessas e por essa lei percebe-se das boas intenções de quem idealizou e lutou pela república, no entanto e embora desde logo a sociedade tivesse dados sinais inequívocos (nada a fazer com o povo português, está no sangue), depois vieram os abutres para dela se encherem que nem...
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