Julho de 2005, Alice Tanner, arqueóloga nos tempos livres, no seu último dia de escavações numa montanha na zona de Carcassonne, descobre uma estranha grura. No seu interior, dois esqueletos e uma terrível sensação de maldade e déjá-vú.
Assustada, sente que o acontecido naquela gruta há muito tempo atrás está ligado ao seu passado, mas um passado antes do seu nascimento…
Este é o mote para uma história engraçada e que tem o condão de trazer de volta as tricas e perseguições habituais da busca do santo Graal.
O trama até está bem urdido.
Passado entre o séc. XXI e o séc. XIII, vamos acompanhando Alice Tanner e a sua estranha ligação à não menos estranha e macabra descoberta. Em simultâneo, ficamos a conhecer a história de Alais, uma rapariga de 17 anos, que recebe do pai um livro que ele afirma conter o segredo do verdadeiro Graal.
Porém, entre aventuras e desventuras destas heroínas, a grande e mais valia do livro, na minha opinião, é a descrição da perseguição aos cátaros pelos cruzados ordenada pela Papa.
Situada nos Pirinéus, a autora consegue recriar os tempos do catarismo. Montségur, Carcassone, Languedoc, hoje lugares míticos e ligados aos cátaros e aos templários, são aqui ressuscitados, ganham cores e vida.
Duas histórias paralelas que têm em comum um labirinto perdido na memória da História. Um inesperado Graal e uma história repleta de intriga, amor e violência que nos levam ao seio de uma comunidade que tinha uma filosofia religiosa diferente e que foi barbaramente chacinada pelos cruzados.
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