Confesso
que o género fantástico não é de todo o género que mais me atrai, sendo que já
tenho lido alguns livros dentro deste género sem que, até à data, possa afirmar
que tenha gostado especialmente de algum. Mesmo o Senhor dos Anéis, que li
vários anos antes do boom criado pelo filme de Peter Jackson ou até mesmo a saga
Harry Potter que li excepto o último livro, são aqueles que posso afirmar que
gostei mas que não me fizeram olhar para este género como um género que me
cativasse no futuro, pese embora o respeite e em nada o critique, é apenas
gosto pessoal.
Há dias
atrás, numa deambulação pela biblioteca da cidade onde vivo, dou de caras com
um livro que, não sei dizer porque, me despertou curiosidade. Tratava-se do
terceiro volume de uma trilogia, do género fantástica, que colocava o
protagonista numa estranha cidade sem puder sair da mesma e onde os seus
habitantes seriam vigiados por alguém. Confesso que gostei da premissa e logo
procurei o primeiro volume, acabando, dado perceber que todos eles não eram
muito volumosos, por requisitar toda a trilogia de uma assentada.
E em
boa a hora o fiz porque, confesso, gostei e as horas em que passei em Wayward
Pines foram de puro prazer literário.
A história
inicia-se com o principal protagonista, Ethan Burke, a acordar num hospital sem
que tivesse a menor ideia de como tinha ido ali parar. Aos poucos vai-se
lembrando que é um agente dos serviços secretos e que teria ido a uma pequena
cidade na região de Idaho investigar o desaparecimento de dois colegas. Até aí
nada de especial, mas depressa Ethan começa a perceber que a cidade onde se
encontra, Wayward Pines, não é aquilo que aparenta e que esconde um terrível
segredo que, aparentemente, é do conhecimento dos seus assustados habitantes.
Não
vou referir mais nada da história, até porque quem não quiser ler a trilogia,
pode ver a série em 10 episódios. Eu já os vi e fiquei um pouco desiludido,
porque não só não faz juz à qualidade do argumento criado por Blake Crouch como
troca vários pormenores que, a meu ver fazem toda a diferença, mas enfim.
Em todo
o caso e voltando a esta trilogia que, note-se, tem como inspiração uma famosa
série dos anos 90, gostei do desenrolar da história até ao epílogo, sendo que
há algo que sobressai e é terrivelmente assustador, que é o fim da História da raça
Humana no planeta…
Pode
parecer algo confuso mas acreditem que se lê um ápice pois a acção nunca para e
somos constantemente “bombardeados” por
novas revelações que nos fazem virar página a página até obtermos o fim da
história que surpreende mas que, a meu ver, era um pouco esperada dada a
condução que o autor efectua em toda a série. Em todo o caso parece que não vai
haver continuação, mas a forma como termina deixa todo um caminho para que Blake
Crouch o faça ou então, daqui a uns bons, alguém o faça por ele.
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