Ora bein, esta semana convidei a tonsdeazul,
do blog “Tonsdeazul”, um dos blogues que eu sigo à mais tempo, não fosse ele
mais velho do que o meu.
E muito simpaticamente aceitou em
dar a sua contribuição para o pior livro que leu até à data. Eis o seu texto.
O Pior Livro |
Fui convidada para escrever sobre o pior
livro que li. Ora considerei à partida que seria uma tarefa complicada. É que sou
muito seletiva nos autores e nos livros e até mesmo quando afirmo que não
gostei de um ou outro livro, não consigo considerá-lo como “um livro a fugir”,
porque na maior parte das vezes reconheço o mérito do autor e da sua escrita.
Quando assim acontece, acabo por acreditar que não o li na altura certa, como
aconteceu recentemente com Os Anões de Harold Pinter.
Assim, depois de vasculhar bem as minhas
estantes encontrei um livro que li há uns bons anos de Margarida Rebelo Pinto, Diário
da Tua Ausência. Só de pensar nele até fico indisposta. Ter um livro destes
no meu currículo literário é realmente algo arrepiante!
Mesmo antes de ter lido algo de Margarida
Rebelo Pinto, nunca simpatizei com a autora, confesso. Isso assim não vale,
dizem vocês! Pois não. Mas quis o destino, que o Diário da Tua Ausência chegasse
até mim, por intermédio de umas amigas que decidiram oferecer-me este livro tão
romântico. Pois imaginem a minha cara quando rasguei o embrulho e vi o livro
que me esperava. Sim foi desilusão estampada no rosto, claro está! Mas a
contragosto, disse para mim mesma que não o iria trocar por outro na livraria e
tiraria assim as teimas em relação à autora e à sua escrita.
Pois é… Foram 132 páginas que não
acrescentaram nada aos meus dias e que confirmaram todas as minhas suspeitas e
resistências. Definitivamente Margarida Rebelo Pinto não é para continuar. Sempre
li diferentes géneros literários, e gosto até bastante de romances, mas este é
fastidioso e chega a ser deplorável. A história não passa de uma longa carta de
amor, com frases tão “bonitas” como estas:
«Espero por ti porque acho que podes ser o
homem da minha vida.», «Se calhar sou doida, sofro da mais antiga enfermidade
do ser humano e que ainda nenhum cientista se lembrou de diagnosticar, estudar
e classificar como uma patologia: não sei viver sem amor» e «Há o apaixonado
que me agarra, me devora e me prende, e o racional que gosta de pensar que
somos apenas amigos.»
No final, o pior de tudo mesmo é que quando
se termina o livro, fica-se com uma sensação de perda de tempo cruel… Mau por mau,
então que tivesse lido Nicholas Sparks!
Raramente me desfaço de um livro, mas este
de tão mau, aguarda a sua hora para ser entregue a uma instituição, que todos
os anos angaria objetos para quermesses.
6 comentários:
Pois, eu confesso que um dia li o "Sei Lá".
Porque o li?
Sei lá!
O único e o último!
Alguns amigos meus também referem esse livro como o único que leram da autora e que aliás gostaram. Eu sinceramente depois de ter lido este "Diário da tua ausência" não me atrevo a ler mais nenhum. ;)
É preconceito, certamente, mas nem sequer pensaria em ler nada dessa autora. O próprio género (light, será?), não me atrai...
Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes
Olha Filipe. do "Sei lá" posso falar e posso dizer que EU não gostei. Aborreceu-me de morte e achei tudo aquilo demasiado fútil.
Ora aqui está uma escritora que não quero na minha estante :D
Gostei muito do teu texto e adoro o blogue "Tons de Azul" também sigo-o há muito tempo...
Abraço
Recordo que li este livro e na altura gostei, mas agora nem me lembro qual o tema, mas devia ser o namorado que abandona a amada e coisa e tal.
Boas leituras Iceman.
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