Bapsi Sidhawa tem aqui a sua estreia no campo da literatura e logo com um texto onde expõe a amargura das tradições patriarcais indianas e paquistanesas, países vizinhos mas tão iguais nas tradições, separados apenas pela vertente religiosa.
E é esse aspecto o primeiro que Sidhawa explora quando aborda, num género de intróito para as situações vindouras, dos terríveis acontecimentos de 1947 quando as terras férteis do Punjabe foram subitamente divididas entre o Paquistão e a índia, provocando uma enorme deslocação de refugiados que iam sendo apanhados em emboscadas que acabavam numa enorme chacina.
É assim que Qasim, homem das montanhas há muito emigrado nas planícies (e existe uma enorme diferença entre aqueles que habitam na montanha e aqueles que são das planícies) adopta uma órfã de 5 anos que encontra perdida após os seus pais terem sido mortos por guerrilheiros.
Inicia-se aí um périplo onde as tradições e mentalidades demonstram que a condição da mulher nesses países é inferior ao de qualquer animal, onde a mesma é negociada e trocada por vacas, ovelhas e dívidas monetárias, onde a honra masculina se lava apenas com sangue, independentemente do grau familiar, homem que toque em mulher alheia… já era.
Num espaço árido e perdido no tempo, no meio de nenhures, sentimos o quanto o ocidente se afastou daquelas mentalidades, o quanto estranho é para nós aquelas tradições que pouco evoluíram desde o paleolítico e é precisamente isso que nos choca, que nos faz pensar que por muitos vícios que o ocidente tenha, sempre é melhor viver no ocidente do que num país ou comunidade onde a humanidade não existe.
A escrita de Sidhawa está carregada de simbolismo numa clara tentativa de gritar ao mundo aqueles estranhos e desconhecidos costumes que escravizam todas as mulheres e as sujeitam aos caprichos dos maridos, sem qualquer apelo nem misericórdia.
E é esse aspecto o primeiro que Sidhawa explora quando aborda, num género de intróito para as situações vindouras, dos terríveis acontecimentos de 1947 quando as terras férteis do Punjabe foram subitamente divididas entre o Paquistão e a índia, provocando uma enorme deslocação de refugiados que iam sendo apanhados em emboscadas que acabavam numa enorme chacina.
É assim que Qasim, homem das montanhas há muito emigrado nas planícies (e existe uma enorme diferença entre aqueles que habitam na montanha e aqueles que são das planícies) adopta uma órfã de 5 anos que encontra perdida após os seus pais terem sido mortos por guerrilheiros.
Inicia-se aí um périplo onde as tradições e mentalidades demonstram que a condição da mulher nesses países é inferior ao de qualquer animal, onde a mesma é negociada e trocada por vacas, ovelhas e dívidas monetárias, onde a honra masculina se lava apenas com sangue, independentemente do grau familiar, homem que toque em mulher alheia… já era.
Num espaço árido e perdido no tempo, no meio de nenhures, sentimos o quanto o ocidente se afastou daquelas mentalidades, o quanto estranho é para nós aquelas tradições que pouco evoluíram desde o paleolítico e é precisamente isso que nos choca, que nos faz pensar que por muitos vícios que o ocidente tenha, sempre é melhor viver no ocidente do que num país ou comunidade onde a humanidade não existe.
A escrita de Sidhawa está carregada de simbolismo numa clara tentativa de gritar ao mundo aqueles estranhos e desconhecidos costumes que escravizam todas as mulheres e as sujeitam aos caprichos dos maridos, sem qualquer apelo nem misericórdia.
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