Editora: Editorial Presença
Edição: 1ª Edição, Outubro 2009
Tradução: Ana Cristina Pais
David M. Smick é um consultor experiente e bem sucedido. Dirigindo a sua própria empresa de consultadoria, Johnson Smick International, Inc., David M. Smick foi conselheiro de vários candidatos à Presidência dos Estados Unidos. Fundador e editor da revista “The International Economy”, é também habitual colaborador do “The Wall Street Journal” e “The New York Times”, o que por si só demonstra ser uma sumidade em economia.
Conforme ele refere logo no início do livro ”comprometi-me a escrever sobre este complicado sistema a que chamamos de nova economia global porque assisti na primeira fila e provavelmente desempenhei um modesto papel na sua criação”, David M.Smick coloca então todo esse conhecimento ao dispor do público no sentido de explicar os caminhos da economia global e a forma como a mesma foi nascendo e transformando a vida de todo o planeta.
A ideia inicial de Smick é que o mundo financeiro actual não é plano, mas curvo, pois a falta de transparência não permite aos analistas ver para além da linha do horizonte. O autor inicia então uma viagem que nos revela como chegámos ao presente, como funcionam os mercados internacionais e como a globalização passou a facilitar a transferência de capitais e o investimento global.
Não sendo um amante, nem sequer um grande interessado por questões económinas ou financeiras, foi com agrado que respondi afirmativamente ao convite da Editorial Presença para ler e analisar este livro.
Li-o com interesse e de facto, pese embora existam partes que pouco ou nada me dizem, por outro lado achei interessante compreender a econonomia e a forma como ela se desenvolveu e se desenvolve em países como a China e o Japão. Até porque é compreensível que dificilmente a China poderá ser uma potência económica, face não só à mentalidade como, e sobretudo, ao sistema político. Nem sequer é crível que os chineses estejam preparados para ser uma potência. Serão os dados conhecidos da China, fornecidos somente pelo estado chinês, verdadeiros?
Descobri também que os chineses são umas meras máquinas de trabalho e que, esse estado, não faz qualquer tipo de planeamento para o futuro da sua população. São tipo robôs, não existe planos de Segurança Social, ali, depois da velhice, as pessoas estão entregues a si próprias, sem qualquer apoio. É isso que a Europa quer para ela? Claro que não e fiquei com a ideia que é um erro alguém se preocupar com a economia da China.
Sendo efectivamente um livro de economia, a linguagem acessível de David M. Smick, permite-nos ler e entender a mensagem do livro e ela é simples: a economia é muito volátil, não acredite que a crise passou, ela pode ser apenas utópica, esteja sempre preparado para nova crise, pois, de um momento para o outro tudo pode mudar e, com isso, mudar drasticamente a vida de milhões de famílias e até a face de nações.
“o que dizer de um sistema financeiro mundial que num instante parece estar a sair-se lindamente e no seguinte age como se o mundo estivesse a chegar ao fim?”