quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Resultados do Passatempo “Isabel I”


Os meus agradecimentos aos 125 participantes do passatempo “Isabel I” de Isabel Machado, que decorreu do dia 14 de Fevereiro às 23:59 do dia 28 de Fevereiro.

Destas 125 participações, apenas 25 estiveram em conformidade com as regras da participação.

As respostas às perguntas eram as seguintes:
 
      1) De quem era filha Isabel I?
R:  Henrique VIII

2)   2) Em que ano foi coroada Rainha de Inglaterra?
R: 1559. Se quisessem podiam referir: 15 de Janeiro de 1559

3)   3) Onde nasceu Isabel machado?
R: Lisboa

O Vencedor é:

8) Arnaldo António Teixeira de Oliveira Santos (Santo Tirso)

Parabéns ao vencedor e continuação de boas leituras!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Um Estranho Numa Terra Estranha – Robert Heinlein

Embora não seja um apreciador de ficção científica, empreendi a leitura deste livro por viva e entusiasmante sugestão e, confesso, que não dei o meu tempo por mal empregue.
Mais do que um mero conto de ficção científica, este livro, considerado um clássico, é uma extraordinária sátira metafórica á condição humana e à sua psique.
Publicado em 1961, em plena época da corrida espacial e no apogeu da guerra fria, Heinlein escreve um conto magistral sobre a cultura ocidental e os valores que lhe estão inerentes e que são tidos como correctos. Note-se que, 50 anos depois da sua publicação, este conto está muito longe de ter perdido actualidade e é, hoje em dia, tão actual como o foi em 1961 ou como teria sido se tivesse sido escrito em 1861 ou 1961 a.C.
Vinte e cinco anos após uma primeira e desastrosa expedição a Marte, uma segunda expedição acaba por trazer Valentine Michael Smith, filho dos primeiros astronautas, criado por marcianos. Dono de uma imensa influência por motivos de direitos familiares, Michael fica sequestrado pelo governo mundial até se decidir a sua situação. No meio destes interesses, uma enfermeira ajuda-o a fugir e o governo não se poupará a nenhum esforço para o recuperar.
Aparentemente pode parecer um livreco de ficção científica sem grande interesse, no entanto, por baixo dessa história de Michael Smith, Robert Heilein esconde a sua verdadeira intenção que começa a desbravar quando o principal personagem começa a conhecer a estranha sociedade terrestre.
E Heinlein bate forte e feio. A crítica é mordaz e corrosiva. A sociedade, toda ela que se movimenta por interesses materiais, é apresentada como sendo viciada, sobretudo o governo e a igreja, que manipulam o povo desde o berço, dando-lhes conceitos morais nesse sentido de forma a que o medo e a vergonham os impeçam de serem quem poderiam ser na realidade, transformando-os em rebanhos subjugados a uma voz.
Dessa forma, é a própria cultura ocidental que Heinlein atinge. Os valores éticos na religião, na política e no sexo são denunciados sem pudor, levando o leitor a questionar o seu papel, as suas ideologias e motivações nesta sociedade viciada e apodrecida por falsas aparências e falsos conceitos que tornam o Ser Humano num ser terrível que tudo devasta.
Na altura da sua publicação, este livro chocou os leitores. Desconheço do impacto deste livro e até se esses leitores captaram a mensagem de Heinlein. O certo é que é um livro que nos mostra de uma forma muito clara o Ser Humano em todo o seu esplendor e isso, para quem ainda vive na utopia da boa índole do Humanus, pode, de facto, ser chocante.
Gostei muito do livro e, um dos melhores elogios que lhe posso fazer, é que depressa me esqueci que estava a ler um livro tido por ficção científica, considerando-o, de facto, um clássico e uma obra que é digna de figurar no curriculum de um leitor.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Passatempos

Estão a decorrer dois passatempos neste Blog.


"Isabel I de Inglaterra e o seu Médico Português” - até às 23:59 do dia 28 Fevereiro

"O Que o Dia Deve à Noite” - até às 23:59 do dia 02 Março

São duas excelentes obras.

Participem!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Não Fomos Nós Dois – Tiago Gonçalves


Júlio e Mafalda, dois seres com personalidades tão diferentes que só é possível o mútuo conhecimento um do outro através da circunstância que os une. Mafalda, jovem terapeuta, vive no sonho idílico de encontrar um homem rico que lhe dê uma vida abastada e despreocupada. Júlio, um jovem sonhador com uma filosofia de vida muito própria  que questiona o que o rodeia. Ambos se conhecem quando, após um episódio reincidente de violência de Júlio no decorrer das suas funções profissionais, o faz começar a frequentar o consultório de Mafalda.

Entre ambos nasce uma ligação que vai além da relação terapeuta-doente. Entre ambos, nasce uma espécie de conhecimento íntimo, uma atracção que os levará a questionar se o destino não os terá determinado um ao outro.

Este livro do jovem Tiago Gonçalves, revela-se uma espécie de conto que nos transporta ao âmago de dois seres humanos cuja diferença é notória logo desde o início mas cuja complementaridade é palpável. 

O livro é muito curto, penso inclusive que Tiago Gonçalves tinha muito mais matéria para explorar, pois ficamos com um sentimento de “saber a pouco” quando a história termina e da forma como termina.

Com uma escrita simples, o autor vai também divagando considerações sobre várias questões sociais e isso, confesso, foi algo que me agradou imenso e que deu à obra e aos personagens mais realismo.

Parece-me estarmos diante de um autor que pode construir uma obra literária, saiba ele começar a desenvolver a sua aptidão, que é inegável que tem, em obras mais longas e mais desenvolvidas, tanto ao nível do argumento, como ao nível da caracterização e desenvolvimento das personagens.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Passatempo "O Que o Dia Deve à Noite”

O blog NLivros, em colaboração com a editoral Bizâncio, tem para oferecer 3 exemplar do livro, sim, três exemplares do excepcional obra "O Que o Dia Deve à Noite" de Yasmina Khadra.

Título: O Que o Dia Deve à Noite
Autor: Yasmina Khadra
Colecção: Montanha Mágica, N.º 45
ISBN: 978-972-53-0417-4
Págs.: 352
Preço: Euros 7,08 / 7,50      
Género: Romance

Sinopse:
«Um livro pleno de força e beleza. A voz de um grande escritor.» Lire
«O meu tio dizia-me: ‘Se uma mulher te amar, e se tiveres a presença de espírito para avaliar a extensão desse privilégio, nenhuma divindade te chegará aos calcanhares.’ Orão sustinha a respiração nessa Primavera de 1962. A guerra iniciava as suas derradeiras loucuras. Eu procurava Émilie. Tinha medo por ela. Tinha necessidade dela. Amava-a e regressava para lho provar. Sentia-me capaz de enfrentar furacões, trovões, todos os anátemas e as misérias do mundo inteiro.»      
Yasmina Khadra oferece-nos neste livro um grande romance da Argélia colonial (entre 1936 e 1962) — uma Argélia torrencial, apaixonada e dolorosa — e lança uma nova luz, numa escrita soberba e com a generosidade que se lhe reconhece, sobre a separação atroz de duas comunidades apaixonadas por um mesmo país.

Yasmina Khadra, cujo verdadeiro nome é Mohammed Moulessehout, nasceu no Saara argelino em 1955. Hoje é uma das vozes mais importantes do mundo árabe e um digno embaixador da língua francesa. Os seus romances estão traduzidos em dezassete países e encontram um interesse crescente. As Andorinhas de Cabul, que John Cullen traduziu nos USA, recebeu o apoio das mais importantes livrarias americanas e canadianas e o San Francisco Chronicle e o Christian Sciences Monitor elegeram-no como o melhor livro do ano nos Estados Unidos. O prémio Nobel J.M. Coetzee vê neste escritor prolífico um romancista de primeira ordem.

Outras Obras



REGRAS DE PARTICIPAÇÃO:

1) O passatempo decorre a partir de hoje até às 23h59 do dia 02 de Março.

2) Só serão aceites participações de Seguidores do blog NLivros.
3) Os vencedores serão sorteado aleatoriamente, sendo o anúncio dos vencedores efectuado por e-mail e publicado no blog.
4) Por motivos logísticos só serão aceites participações de residentes em Portugal.

PASSATEMPO ENCERRADO

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Passatempo " Isabel I de Inglaterra e o seu Médico Português”

Quase dois anos após o último passatempo, o blog NLivros, em colaboração com a editora Esfera dos Livros, tem para oferecer 1 exemplar do livro "Isabel I de Inglaterra e o seu Médico Português" de Isabel Machado, já disponível nas livrarias.


Páginas: 512
Colecção:
Romance
Preço: 23,00€

Formato: 16 x 23,5
ISBN:
978-989-626-357-7

Sinopse:

Quando o médico português Rodrigo Lopes chega a Londres, logo após a ascensão ao trono da nova rainha de Inglaterra, estava longe de imaginar que o seu destino se cruzaria com o da poderosa Isabel I. Filha de Henrique VIII e da controversa Ana Bolena, a jovem princesa foi obrigada a percorrer um longo e árduo caminho até ao trono de Inglaterra.

Com a morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir e o trono português a ser ocupado por Espanha, os olhos do mundo voltam-se para Portugal. E quem melhor do que Rodrigo Lopes para levar à rainha e aos seus conselheiros privados informações sobre o reino onde tudo se joga. Entre os dois nasce uma enorme cumplicidade, mas cedo o médico judeu se vê envolvido nas teias do poder, da traição e da ambição, e nem a rainha o conseguirá salvar de um destino trágico.

A jornalista Isabel Machado, no seu romance de estreia, leva-nos até à luxuosa corte de Isabel I. A rainha astuta que casou com o seu reino e que muitos garantem que morreu virgem. Sem marido, nem descendência, marcou para sempre a História de Inglaterra ao impor uma Igreja Anglicana moderada e ao conseguir um longo período de paz e prosperidade económica, abrindo o país às artes e ao mundo. Isabel soltou o seu último suspiro aos 69 anos de idade. Melancólica e saudosa de todos os que partiram antes dela. No pensamento, Robert Dudley o homem que amou durante toda a vida…



Isabel Machado é jornalista, nasceu em Lisboa, concluiu o 12º ano nos Estados Unidos e é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa.

Nos anos 80 venceu o primeiro prémio nacional de um concurso europeu de dissertação, promovido pela Alliance Française de Paris e, em 2003, foi-lhe atribuído um prémio de jornalismo da fundação Roche e da Liga Portuguesa Contra o Cancro, por uma reportagem publicada na revista LuxWoman sobre cancro infantil.

Fez trabalhos de tradução e de interpretação simultânea, leccionou Português e Francês no ensino básico e Português como língua estrangeira. Durante 11 anos foi pivot e jornalista da Televisão de Macau, colaborando regularmente com publicações locais.

Em Portugal, foi pivot do Canal Parlamento desde 2003 até Janeiro de 2011.



REGRAS DE PARTICIPAÇÃO:
 
1) O passatempo decorre a partir de hoje até às 23h59 do dia 28 de Fevereiro.

2) Só serão aceites participações de Seguidores do blog NLivros.
3) O vencedor será sorteado aleatoriamente, sendo o anúncio do vencedor efectuado por e-mail e publicado no blog.
4) Por motivos logísticos só serão aceites participações de residentes em Portugal.

PASSATEMPO ENCERRADO

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Monge que Vendeu o seu Ferrari (O) – Robin S. Sharma



Eis a fábula que é a essência de tudo: “estás sentado no meio de um magnífico jardim, verde e luxuriante. Este jardim está repleto de flores, as flores mais bonitas que já viste em toda a tua vida. O ambiente que te rodeia é de uma serenidade e silêncios absolutos. Saboreia as delícias sensuais deste jardim e sente que tens todo o tempo do mundo para desfrutar deste oásis natural. Quando olhas em volta, vês a meio do mágico jardim um imponente farol encarnado, com seis andares de altura. Subitamente, o silêncio do jardim é quebrado pelo ranger sonoro da porta do farol a abrir-se. De lá, sai um lutador de sumo japonês, com um metro e noventa e quinhentos quilos de peso, que se aproxima descontraidamente do centro do jardim. O lutador de sumo está praticamente nú. Só tem um cabo cor-de-rosa a tapar-lhe as partes privadas. Quando o lutador de sumo começa a percorrer o jardim, encontra um brilhante cronometro dourado, que alguém deixou para trás há muitos anos. Ele põe-no no braço e cai no chão com estrondo. O lutador de sumo está inconsciente e jaz por terra, silencioso e imóvel. Quando pensas que ele morreu, o lutador acorda, porventura, despertado pela fragância de umas rosas amarelas que se encontram junto dele. Cheio de energia, o lutador põe-se rapidamente de pé e olha instintivamente para a esquerda. Fica espantado com o que vê. Através dos arbustros, nos confins do jardim, vê um longo carreiro serpenteado coberto por milhões de diamantes reluzentes. Algo indica ao lutador para seguir aquele carreiro e, para mérito dele, fá-lo. Este carreiro leva-o à estrada da alegria e da bênção eternas.”

Esta fábula, há muito usada pelos Sábios do Sivana, contem sete objectos que definem as sete virtudes intemporais para uma vida esclarecida e bem sucedida.

Confesso que esta obra me surpreendeu imenso pela positiva. De inicio pensei estar diante de mais um livro de auto-ajuda, mas depois de ler esta fábula, seguida pelas explicações iniciais, constatei da sua objectividade e da sua praticabilidade.

Julian Mantle é um advogado bem sucedido. Rico, charmoso, Julian é implacável na sala de tribunal, conseguindo amealhar fama e uma imensa riqueza que o permite comer nos melhores restaurantes, ter uma casa de sonho, 300 milhões na conta bancária e um Ferrari.

No entanto, num dia, cai em plena sala de audiências repleta de gente, vítima de um ataque cardíaco. Refeito do susto, Julian resolve mudar de vida. Para onde? Nessa busca, Julian viaja à Índia e acaba por tomar conhecimento de um grupo místico de sábios que vivem nas alturas dos Himalaias. A sua busca surte efeito e é no seio desse grupo que Julian irá descobrir as virtudes que irão transformar a sua vida e são elas que nos são mencionadas em várias metáforas, fabulas e alegorias.

Domina a tua mente; Cumpre os teus objectivos; Pratica o Kaizen; Vive com disciplina; Respeita o teu tempo; Serve os outros altruisticamente e Vive no presente.

São estas as sete virtudes e, de facto, este livro faz-nos ver quanto é fácil e acessível praticar essas virtudes e das boas consequências que daí advirão.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Divulgação

Titulo: Nós Fomos Nós Dois
Autor: Tiago Gonçalves
Edição: Nov/2011
Páginas: 76
Preço: 8.00€
Editora:
Edium
 
 
Sinopse:
O desespero de Júlio empurra-o para Mafalda, uma jovem mas experiente terapeuta habituada a lidar com inquietos desenquadrados sociais. A relação entre eles flui com a natural química de um aparente jogo predestinado, mas as suas convicções são tão diferentes como as suas personalidades.
A afinidade e complementaridade entre ambos é por demais evidente, mas será que os seus caminhos se juntarão ou, pelo contrário, eles nunca se aproximaram?
Nestas páginas não só poderá encontrar a resposta, mas também toda a história entre ambos, que alternam entre si a narração de como tudo se passou.

Tiago Gonçalves, jovem escritor de 25 anos, nasceu e cresceu no Porto, com horizontes abertos e gosto pela literatura desde a sua infância, crescendo à medida que os anos passavam. Licenciou-se em Sociologia na Faculdade de Letras do Porto, apurando o seu sentido crítico e analítica, pois durante toda a vida procurou aprender, conhecer e pensar, por si próprio. Em Novembro de 2010, lançou o seu primeiro livro, um conto, intitulado "De Uma Só Sorte" e um ano depois, foi publicado o seu segundo livro, a novela intitulado “Não Fomos Nós Dois”.
O presente livro pode ser adquirido na livraria WOOK (compra online), nas lojas Book.it, e também a livraria Unicepe (Praça Carlos Alberto, 128-A, Porto), e na livraria Pó dos Livros (Av. Marques de Tomar, 89 A, Lisboa).
Proximamente publicarei a minha opinião sobre a obra.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Se fosse vivo, o que escreveria Charles Dickens?

Comemora-se hoje por todo o mundo o bicentenário do grande escritor britânico, Charles Dickens (1812-1870).

Em Lisboa, esta efeméride é comemorada através de uma exposição patente na Biblioteca Nacional, Sala de Referência, com a mostra das edições portuguesas. Na Hemeroteca Municipal é inaugurada a exposição “Dickens nas Colecções das Bibliotecas Municipais de Lisboa”. De referir que, pelas 18H, na Biblioteca-Museu República e Resistência – Espaço Cidade Universitária em Lisboa, o cineasta Lauro António apresentará a palestra “O Universo de Charles Dickens no Cinema”.
Mas este apontamento serve para a questão levantada hoje pelo jornal “O Público”: Se fosse vivo, o que escreveria Charles Dickens?
Li muitos dos romances de Dickens, alguns até mais do que uma vez e cuja opiniões, algumas, poderão ser encontradas no Blog. A  literatura de Dickens fascina-me. Os seus romances são fortes, duros, baseados na sua própria vida e descrevendo a sociedade vitoriana como nenhum outro.
E hoje em dia, o que escreveria Charles Dickens?
Penso que continuaria a mostrar as várias facetas da nossa sociedade. Provavelmente, efectuaria um fresco sobre os anos doirados da União Europeia e o fim dessa Era e o desastre posterior que está a destruir ou a fazer regredir quase tudo o que foi (bem) feito ao nível social no século XX.
Escreveria sobre o facto de as sociedades não conseguirem aprender com o passado e continuar a cometer os mesmos erros.
Escreveria sobre pessoas que passaram de uma vida estável para uma vida de miséria sem que a perspectiva de um futuro minimamente condigno lhe seja apresentado.
Escreveria sobre a destruição propositada das estruturas sociais e da total ausência de sensibilidade e solidariedade entre os Membros da União Europeia.
Escreveria essencialmente sobre pessoas e o que a besta cega do capitalismo está a fazer (mal) nas suas vidas e no futuro da sociedade que não é risonho.
Se calhar, chegaria á conclusão que o Homem é maior praga deste planeta e acabaria por se tornar um eremita numa qualquer floresta em Inglaterra.
Tinha muito que escrever, pois o manancial é rico e um escritor com o génio de Dickens, saberia explorá-lo.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Sacanas com Lei – Rosa Ramos & Sílvia Caneco


Rosa Ramos e Sílvia Caneco são duas jovens jornalistas que, ao longo de vários meses, frequentaram o Tribunal de Pequena Instância Criminal, onde se depararam com inúmeros pequenos crimes que, neste livro, se propõem a narrar de uma forma humorística.

Nos vários casos que aqui são abordados, e diga-se todos eles muito curtos e de uma forma muito resumida, há de tudo. No entanto sobressai os imensos casos de crimes por taxas alcoolémicas muito superior ao permitido e por conduzir sem carta de condução. Mas há outros curiosos, como aquela que roubou no Centro Comercial, saiu e só foi apanhada porque uma cliente desconfiou e foi fazer queixa. Daquele que depois de pagar a cerveja, se recusou a sair para a ir beber e depois desatou a chamar nomes ao polícia. Do taxista que não sabe se bateu ou lhe bateram. Da viúva ameaçada pelo inquilino. Enfim, histórias mirabolantes, de facto cómicas, ainda por mais quando nos deparamos com as curiosas e imaginativas desculpas dos transgressores.

Foi uma leitura engraçada e igualmente rápida, pois o livro é composto por algumas dezenas de pequenos relatos, semelhantes a crónicas jornalistas, que se lêem bem e que não necessitam de qualquer análises.

No entanto e na maiorias dessas crónicas, sobretudo aquelas em que se refere ser o crime a taxa alcoólica acima do permitido, damos por nós a pensar que até podia ser connosco, pois quem nunca bebeu um pouco mais do que o permitido? Obviamente que isso não significa que após isso vamos conduzir, no entanto não sabemos a vida daquelas pessoas e o que os levou a pegar no carro depois de uns copos com os amigos. Ou seja, nos relatos neste livro expostos, constatamos que a maiorias dessas pessoas não são criminosas e que foram ali parar quase por acaso.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Portugueses e agentes secretos da Coroa?

Fernão de Magalhães e Cristóvão Colombo eram portugueses e cada um teve uma agenda secreta enquanto esteve ao serviço de Espanha. É a tese, polémica, que os irmãos José e António Mattos e Silva apresentam hoje em conferência no Museu do Oriente. Há uma história. E provas? "Estão à espera que haja uma lista de espiões para ser encontrada?"

Há uns tempos, por ocasioão da leitura do Codex 632 de José Rodrigues dos Santos, empreendi um estudo sobre esta temática. Li o livro O Mistério de Colombo Revelado dos Profs. Manuel  da Silva Rosa e Eric J. Steele e fiquei sem dúvidas sobre o facto de Cristovão Colombo não se ter chamado assim e que foi um navegador português ao serviço do rei D. João II.

Hoje em dia isso vale o que vale, porém é impressionante este tipo de estudos, que são sérios e exaustivos, não terem grande repercussão na classe científica e histórica. A questão é, porquê? Interessa a alguém manter a fantochada criada e que continua a figurar nos manuais de História. Alguém acredita que o Colombo, "descobridor da América" foi um tecelão genovês que, poucos anos antes, era analfabeto e pouco depois dominava o latim, matemática e astronomia, tendo acesso à presença dos reis de Portugal e Castela?