domingo, 23 de maio de 2010

2012 – Extinção ou Utopia – J. Allan Danelek


Conhecidas desde há muito mas insistentemente mencionadas há relativamente poucos anos, sabe-se que os Maias eram fascinados por calendários, conhecendo-se três.

Dividido por Eras, um dos calendários fazia findar a 5ª Era e última, no ano de 2012.

Logo um conjunto de profetas espalhou pelo mundo a crença que o mundo acabaria em 2012, porém há que mencionar, entre outros, dois factos deveras importantes e que colocam em causa essa profecia: 1) Quem disse ou onde está escrito que o fim da 5ª Era no Calendário dos Maias predizia o fim do mundo e não o princípio de um novo mundo? 2) quantas e quantas profecias, quase todas, se revelaram falsas?

O texto elaborado por Danelek, que considero mais uma espécie de ensaio, analisa toda a História dos profetas e das suas profecias não se incidindo apenas e só nessa profecia Maia.

São alvo de análise profetas famosos e outros menos famosos assim como as suas profecias. E o que assistimos é a um rol de profecias que não se cumpriram, algumas roçam o ridículo. Quanto a mim é a fase mais interessante do livro. O autor desmistifica a maioria das profecias (até Nostradamus não escapa). Menciona-as e situa-as no tempo e no espaço. Desta forma cola-as com as profecias de 2012 deixando claro que é apenas mais uma entre milhares que surgiram desde que os primórdios da História humana.

Mas Danelek vai mais longe.

Imaginemos que é possível surgir o fim do mundo como descrito em várias religiões. O autor analisa a Bíblia e chega à óbvia conclusão da subjectividade, propositada, do que no Livro é mencionado. Porém arranja espaço para a explicação científica e é curiosamente nessa explicação que nos deparamos com algumas possibilidades.

É um livro muito interessante que curiosamente dá pouca importância à tese dos Maias, antes preferindo analisar a História das profecias e o futuro do planeta.


2 comentários:

Pedro disse...

Estou farto do tema de 2012. Há alguns meses seria capaz de ler este livro. Hoje duvido.

Gosto imenso, ainda assim, destas "conspirações" universais. A subjectividade na análise das observações Maias, profecias, tudo nos fascina. Como rapaz de Ciências, confesso que sou bem capaz de cair na conversa científica e de todas essas possibilidades.

Mas acredito, como dizes, que esta é apenas uma das muitas profecias que existiram e que existirão. Quando 2013 chegar teremos 2020.

NLivros disse...

Olá Pedro!

Uma das mensagens do autor e é por diversas vezes mencionada, é que esta é mais uma profecia entre milhares e, de facto, após 2012 será praí 2020, sem dúvida.

O livro é engraçado, sobretudo pela vertente da desmistificação e da análise científica e nisso eu compreendo-te, não é por acaso que refiro ser nas explicações científicas quando a "coisa" toma uma perspectiva do real.