segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Jane Eyre - Charlotte Brontë




Publicado em 1847, com o pseudónimo de Currer Bell, Jane Eyre teve um sucesso fulminante junto do público britânico que ficou, ele próprio, na expectativa de conhecer esse autor desconhecido.

A surpresa foi maior quando se soube que por detrás de Currer Bell estava uma jovem de 29 anos, supostamente sem experiência de vida e incapaz de ter escrito tal obra. A pergunta pairou até aos dias de hoje: como é que uma jovem inexperiente tinha a capacidade de escrever uma obra que exprime a natureza humana?

Charlotte Brontë era a mais velha das famosas irmãs Brontë, todas elas autoras de obras consideradas, hoje em dia, clássicas.

Jane Eyre é uma obra que, na minha opinião, se destaca pela beleza da escrita, pela prosa quase poética com que a história é narrada.

Mais de 100 anos após a sua escrita, não posso afirmar que achei a história sublime. Essa, e eu sei que pode ter sido precursora do género, é uma simples história da criança órfã que, maltratada pelos familiares que lhe restam, é mandada para um orfanato onde cresce sem carinho e sem amor.

Após a saída do orfanato, entra ao serviço de uma casa rica e aí apaixona-se pelo patrão…

Há depois encontros e desencontros, coincidências, algumas forçadíssimas, numa áurea romântica tão típica das novelas da época.

Uma das características que mais apreciei foi a descrição rural da Inglaterra, sobretudo o quadro que Charlotte pinta do modo de vida, da mentalidade e da forma como as pessoas agiam naquele “mundo” tão fechado de regras sociais, com conceitos tradicionais tão imbuídos ainda dos ares medievais. Esse é, sem dúvida, uma das mais valias do livro.

Uma boa obra, sem dúvida, mas longe de ser, hoje em dia, uma obra que catalogue como “obrigatória”.

Classificação: 3

11 comentários:

Paula disse...

Eu acho que iria gostar deste livro :)
Se "tropeçar" nele compro.

Abraços

Nina Alvarenga disse...

Olá! Assisti ao filme a versao p&b e gostei, ja o livro deve ser um pouco massatne.
No momento por coincidencia junto a outros titulos estou lendo Morro dos ventos uivante e estou apreciando.

xoxo

Unknown disse...

"Jane Eyre" foi um daqueles livros que li vezes sem conta na adolescência. A minha mãe fez questão que eu lesse alguns dos "clássicos" ainda miúda. Ou seja, ao mesmo tempo que lia Chistianne F. (livro devidamente surripado da estante de livros das minhas primas) lia Jane Eyre, as Mulherzinhas, Uma familia Inglesa, Anna Karenina, o Conde Monte Cristo. E na altura adorei o livro.
E realmente a história é um bocadinho "pirosa" demais, mas essa é precisamente uma das grandes virtudes deste livro. Lido na altura certa é muito bom.
boas leituras
Pat

Anónimo disse...

Vou ler esse livro não tarda. Vi a série da BBC e fiquei deliciada!
Sou uma grande fã de jane austen e essa e a mnh escritora favorita, mas esta obra de bronte é, pelo que vi da serie, extremamente cativante!

visite-me quando puder no meu blogue de livros www.queirosiana.blogs.sapo.pt

Laura

NLivros disse...

Viva Paula.

Eu penso que tu vais gostar do livro, tenho a certeza.

NLivros disse...

Olá Aline!

Eu ainda andei à procura da série da BBC, mas depois passou-me de ideia.

"O Monte dos Vendavais" também já li e acho que já botei opinião.

NLivros disse...

Olá Patricia!

Não diria que a história é pirosa, longe disso, só refiro que é uma história algo previsível e com alguns clichés. Porém nota que eu refiro que esta obra foi a pioneira do género e, por si só, merece a o rótulo de clássico.

NLivros disse...

Viva "A Estudante".

Sim, para quem é apreciadora do género e da autora, de certo vai-se deliciar com este título.

Vou dar uma vista de olhos o teu blog.

Pedro disse...

Estou com muita vontade de ler este livro. Enfim, um 3 não é uma nota alta... Mas, como já disse, este e "O Monte dos Vendavais" são prioritários. É uma atracção.

Por enquanto, parece corresponder ao que procuro: uma história soberba e uma escrita fantástica!

NLivros disse...

É um clássico.

E como clássico considerado pela sua importância para a Literatura.

Ler este romance entende-se essa importância, só que hoje em dia, na minha modesta opinião, só interessa ler para pudermos dizer que o lemos, entendes, pois não o considero uma mais valia.

Anónimo disse...

Nunca li nada de Charlotte, mas se ela teve a criatividade, sensibilidade e talento de sua irmã, Emily Bronté, o livro deve ser um arraso!
Se bem que diferente do que muitos acreditam, não acho que talento é genético.
Vou ver se encontro o livro.