Adaptado ao cinema por João Mário Grilo em 2002, A Falha, considerado como o melhor romance de Luís Carmelo é, na sua essência, uma análise à sociedade portuguesa pós 25 Abril, sobretudo, a uma geração que na década de 70 andava pela adolescência.
A acção passa-se maioritariamente em Elvas onde um grupo de antigos alunos do liceu local se junta de cinco em cinco anos para um almoço de confraternização. 25 anos após o término do liceu e consequente separação da maioria, este grupo reúne-se numa tentativa de recordar memórias da sua juventude e, em simultâneo, perceber o rumo de vida de cada um deles com os sucessos e insucessos.
Nada homogéneo nos caminhos seguidos assim como nas personalidades, é neste cenário, cheio de memórias liceais que, no final do almoço, o grupo decide dar um passeio a uma adega seguida de uma visita a uma pedreira. E é precisamente nessa pedreira que algo de terrível irá acontecer que testará os limites de cada um deles assim como permitirá conhecer segredos ocultos.
Não posso dizer que o romance me fascinou, no entanto gostei do rumo assim como me agradou a escrita de Carmelo. Salpicada de memórias de todos os intervenientes, achei curiosa a forma narrativa do escritor. Nas memórias utiliza a primeira pessoa do singular, na narrativa emprega sempre a terceira pessoa, como se houvesse um narrador presente que tem como objectivo simplesmente narrar o que está a assistir.
2 comentários:
Olá Iceman,
Nunca li nada do autor. Parece-me interessante, no entanto acho que vou optar pelo filme (tenho tantos por ler :P )
Um abraço
Viva Paula.
É interessante mas não é nenhuma obra-prima.
Também gostava de ver o filme mas acontece que não o achei em lado nenhum.
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