Felizmente que dentro do género histórico, a literatura portuguesa tem já alguns títulos de imensa qualidade e autores que já olham para o género sem o olhar de desdém que era usual.
Desde há uns anos para cá o panorama mudou e começou-se a assistir ao surgimento de romances históricos escritos por autores portugueses, tendo como protagonistas momentos e figuras da nossa rica e vasta História.
João Paulo Oliveira e Costa, historiador, lança-se no género com este “O Império dos Pardais” e em boa hora o fez, pois deu à estampa uma obra de eleição.
O título, por si só, é uma homenagem à gesta dos Descobrimentos, sendo também uma metáfora à forma como um pequeno país conseguiu construir um império tão vasto e poderoso, enquanto outras nações bem maiores andavam entretidas a digladiarem-se entre si.
Situando-nos sobretudo no reinado de D. Manuel I, o autor, assente em diversas personagens fictícias, narra com uma clareza impressionante, numa escrita, diria cinematográfica, como foi possível acontecer tal milagre do império.
E facilmente concluímos onde esteve o segredo, sendo inegável o orgulho que sentimos por pertencer a uma nação que soube ser grande e soube-o sendo perspicaz e extremamente inteligente.
Um livro envolvente que se lê num sopro e que tem a capacidade de nos envolver de uma tal forma, que somos transportados para a Lisboa do séc. XVI, onde percorremos as ruas de Alfama, Alcântara e o Cais da Ribeira, sentimos o pulsar das suas gentes, do rei e dos seus amigos.
Em simultâneo, jogos de espionagem e lutas sangrentas contra os Mouros em terras africanas que a coroa portuguesa procurava conquistar, pois era aí que residia o segredo do Império dos Pardais.
Um livro imperdível e inesquecível!
4 comentários:
Sabia que ias gostar! :D
Noossa! Esse sim eu quero ler. São poucos os blogs que vejo sobre livros tão bons assim. Definitivamente amei seu blog :)
www.quasedescolada.com
Olá White!
Sim, adorei, excelente!
Flanders,
obrigado pelo elogio, espero que consigas ler este livro, é de facto muito bom e aprende-se imenso.
Obrigado!
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