recebo uma notícia do lançamento do esperado
novo romance de José Rodrigues dos Santos.
Confesso que fiquei interessado e satisfeito.
Independentemente da qualidade de escrita dos seus livros e outras
considerações menos abonatórias, o certo é que as histórias de JRS me cativam e
entretêm, pelo que costumo, todos os anos, estar presente na apresentação do
mais recente livro.
Este ano constato que a apresentação do livro é no próximo
sábado cujo título é “O homem de Constantinopla” e que trata da vida de
Calouste Gulbenkian. Até aí tudo bem, mas fiquei siderado quando, numa notícia
do DN, constato igualmente ser este o 1º volume, de dois, da mesma obra. Ou seja,
agora publica-se “O homem de Constantinopla” e, dentro de um mês, publica-se “Um
milionário em Lisboa”. Uma obra, dois volumes, 44€ no espaço de um mês. Um jackpot!
Caro José Rodrigues dos Santos, pese embora aprecie os seus
romances, desta vez não vou comprar pois sinto-me indignado por essa “chica
espertice” de alguém que sabe que vende milhares e que quer fazer render o “peixe”
num país atolado numa crise que está a atingir sobretudo a classe que lhe
compra os seus livros. Não são os intelectuais, não são os meninos de “bem”,
nem são os milhares “Boys” e “Girls” e filhos destes e destas que o fazem, quem lhe
compra os livros, na sua maioria, são as pessoas da classe média, precisamente
aqueles que mais sofrem com uma crise que não são culpados mas que têm de
pagar.
Honestamente, e para não ir mais longe, fiquei decepcionado!
7 comentários:
Que absurdo! Eu ainda só li um livro dele e não gostei muito, mas mesmo que fosse a maior fã não dava quase cinquenta euros...Além de que com esse dinheiro dava para comprar uma dezena de livros...
cumps
Realmente?! Num país em crise?! bem, vou ter de esperar que alguma Biblioteca o tenha para o ler. Obrigada pela informação. O tema é muito interessante, muito, mesmo. Mas vai ter de esperar!
Eu li todos os livros dele.
Confesso ser um apreciador das suas histórias que têm o condão de entreter e de me fornecer informações que me fazem "partir" para outros livros.
Em todo o caso há coisas com os quais não pactuo e o de dividir livros em volumes só para fazer render é uma delas.
Podia perfeitamente editar o livro com 1000 páginas ou então, dividir em dois, mas colocar um preço acessível por volume, algo como uns 12€.
Agora desta forma?
Acho um insulto!
Surpresa minha quando soube da notícia há uns dias atrás também (apesar de já estar na altura do ano).
Vi hoje à venda pela primeira vez. Revoltante é ver que o livro nem sequer é muito grande (aliás, dele, só "A Ilha das Trevas" é mais pequeno).
Uma roubalheira.
Não estou chocado, acho que há já muito tempo se percebeu que estamos perante alguém que lança livros, não um escritor.
(e o livro até parece ser bom. Para não variar, a sorte dele é essa)
Viva Pedro!
Ontem também estive com o livro na mão e mais revoltado fiquei. Não chega às 500 págs e aposto como o 2º volume terá as mesmas págs, ou seja, dava perfeitamente para um livro de cerca de 1000 págs, algo que está perfeitamente dentro da média dos livros dele.
Se ele quisesse a continuar a ser guloso, então até se justificava, pelo livro de 1000 págs, um custo de 30€.
Eu fiquei chocado porque não esperava uma estratégia destas. Não sou ingênuo nem romântico, mas não esperava isso de quem diz: "escrevo para as pessoas".
Mas pronto, devo ser o único a reclamar.
Outra coisa que me começa a intrigar é como consegue escrever "megas" romances, ainda por mais históricos, tão rapidamente. Segundo o próprio, demora alguns meses a pesquisar e outros tantos a escrever. Escreve de manhã e 10 págs/dia. Ou seja, uma máquina.
Os livros dele não são propriamente um supra sumo literário, mas entretêm e dão-nos outras informações que nos lançam para outras obras.
Enfim, começo a achar um pouco estranho!
A D O R E I o post!!!!
E concordo contigo!
Abraço
Olá Paulinha,
Beijinho!
:)
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