Traidor é o segundo volume das Crónicas de Nathaniel
Starbuck, uma série que Bernard Cornwell “pega” de vez em quando e que descreve
a Guerra Civil Americana. Não tendo apreciado por aí além o primeiro volume, este 2º volume já me senti transportando para
o melhor estilo de Bernard Cornwell que muito admiro, criando toda uma
narrativa brutal e cheia de aventuras.
Nathaniel Starbuck, capitão da Companhia K dos Confederados,
vê-se numa luta pela sua idoneidade e, como forma de salvar a sua honra,
empreende uma viagem às linhas do exército do Norte onde irá encontrar o seu
beato irmão e todo um conjunto de lendárias personagens. Em toda esta aventura,
cheia de situações violentas, Nathaniel assumirá a sua vontade de lutar por uma
causa que abraçou por mero acaso mas que, agora, tem como sua.
Baseado em factos reais, Bernard Cornwell, com este segundo
volume, traz-nos de volta um registo à sua imagem: violento, brutal, cheio de
descrições de batalhas minuciosas onde os factos são escalpelizados, “Traidor”
é um livro que simplesmente adorei, mais um a juntar a enormíssimo leque das
obras de Bernard Cornwell.
Situado em 1862 e narrando os acontecimentos da Guerra Civil
Americana, o autor cria um romance histórico baseado em factos e personagens
reais. Os acontecimentos não são inventados. Nathaniel Starbuck é um personagem
que serve para criar o contexto, no entanto a maioria dos personagens são reais
assim como os acontecimentos. A batalha de Ball’s Bluff que resultou numa
enorme derrota para o Norte, as intrigas políticas e militares e até pequenos pormenores
que tiveram influência no desenrolar do sangrento conflito, são aqui referidos
de uma forma excitante e meticulosa, dando uma visão clara do rumo da guerra e
da sua brutalidade.
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