quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Desistir ou persistir num livro que não nos agarra?


Entre várias temáticas que os leitores abordam entre si quando não estão a gostar de um livro, é a de desistir ou de continuar até ao fim.

Embora tenha conhecimento que muitos não consideram livros como maus, ou seja, toda a literatura é boa dependendo da expectativa e perspetiva do leitor, tese que até compreendo e aceito em parte, pois há livros que nos parecem maus num contexto e que, lidos mais tarde, nos maravilham, mas, na minha opinião, há livros que são mesmo maus. 

E maus porquê?

Porque são mal estruturados, mal pesquisados, contêm erros factuais que revelam pouca dedicação do autor ou até mesmo ignorância. Ou seja, nunca considero um livro mau porque não gostei do enredo, do modo de escrita, enfim, isso são circunstâncias normais e que, por vezes, até diferem autores.

Mas a questão que me coloco muitas vezes quando o livro não me está a agarrar, é: desisto ou continuo?

Pessoalmente é raro continuar um livro que não estou a gostar. Dou até determinadas páginas, se quando lá chegar continuo a não gostar, coloco de parte. Já me aconteceu continuar porque tive curiosidade em ver até onde o escritor chega, mas há tanto para ler que acho um desperdício de tempo continuar algo sem prazer.

4 comentários:

Anabela Risso disse...

Eu desisto muitas vezes. Como dizes, com tanta coisa que há para ler, é um desperdicio de tempo persistir se não estamos a gostar.

NLivros disse...

Eu tenho meses que raramente acabo um livro face ao facto do(s) livro(s) em questão não me estarem a agradar.

Claro que não vou afirmar que são todos maus, nada disso, mas geralmente fico com grandes expectativas e depois o interesse vai-se esfumando ao longo do livro até que acabo por perder o interesse.

Pedro disse...

Confesso que ainda teimo um bocado em ir até ao fim. Não é tortura garanto: é que ultimamente leio tão poucos livros que os que leio são "escolhidos a dedo". Portanto, custa-me deixar a meio um clássico da Literatura (sim, porque por vezes esses também são uma valente seca) ou aqueles que são mais aclamados pela crítica .
Só interrompo a leitura quando percebo que o livro é demasiado exigente para o tempo livre que tenho.
Provavelmente, quando no futuro me encontrar com um livro pouco cativante, tentarei ir lendo na diagonal, em vez de simplesmente colocar de lado.

NLivros disse...

Grande Pedro!
Referes algo que todos sentimos que é o facto de existirem, porque existem de facto, clássicos que são uma valente seca.
Eu tenho deixado alguns a meio porque efectivamente não me agarram e geralmente porque não me consigo identificar com a época ou até mesmo com o leitor. Por exemplo, o Ulisses de Joyce não consigo ir além da página 30, é um tormento e nunca consegui entender o porquê de ser considerado um dos livros mais importantes da literatura.
Em todo o caso eu também os tento escolher a dedo, porém antes de o lermos não sabemos o conteúdo e dou por mim em longos bocejos e quando assim é, desisto.
Também já li na diagonal, recordo-me um livro, pelo menos, que li em dois dias dessa forma e curioso que o fulcral da história ficou e isso traz a lume algo que tenho analisado em diversos locais, há leitores que só lêem dessa forma, na diagonal, e dizem que na prática é o mesmo.
Não sei!
Abraço!