terça-feira, 9 de abril de 2019

Clichés que mais me irritam


Para qualquer leitor, não há nada mais irritante, do que se deparar com aquele(s) cliché(s) que denotam pouca criatividade ou mesmo um aproveitamento de situações por parte do(a) escritor(a).


Bem sei que há alturas no enredo que se torna difícil não repetir uma fórmula vencedora, e isso até é plausível, mas existem alguns clichés que se tornam absurdos e que cortam o ritmo ao leitor, aliás, já me deparei com clichés que, simplesmente, me fizeram desistir da leitura.


Quando estava a ler um determinado livro, fui-me deparando com alguns desses clichés que serviram de ponto de partida para este post: Os clichés que mais me irritam:



- Sabem aquela cena de suspense, no clímax da cena, no auge da tensão, quando estamos à espera que algo de terrível vá suceder, eis que surge um gato ou qualquer outro animal (geralmente são gatos) que, pacifica e tranquilamente se passeiam;



- O investigador/detective espertalhão, engatatão, solitário, bêbado e desarrumado que vive para o trabalho e é um génio na detecção de pequenos indícios que levam à descoberta assassino;



- Cenas intimas ou piadas estúpidas em cenas catastróficas. No meio da acção, com o mundo a desmoronar, eis que surge, metida a martelo, uma qualquer cena intima entre os protagonistas ou então o personagem principal diz uma piadola estúpida;



- O vilão quando tem oportunidade de “acabar” com o herói, resolve, depois de o ter espancado, conversar bastante, aproveitando para contar episódios ou mesmo toda a sua vida ao herói, que, bastante combalido, o ouve paciente e pacificamente dado o seu estado. Depois vai-se embora ou então acontece qualquer coisa que permite ao herói sair dali intacto;



- A referência a marcas. Isso é muito típico na literatura norte-americana. As referências a marcas locais são aborrecidas, cortam o ritmo e tornam o livro super-comercial. Bem sei que a maioria tem protocolos de publicidade com essas marcas, mas enquanto leitor, aborrecem-me.



- Algo que me irrita também é quando, e isso aplica-se também ao cinema, um grupo sai para investigar algo de perigoso (psicopata, criminoso, entidade paranormal, etc) e resolvem-se separar… estúpido! No fim morrem todos excepto um deles que passa por situações completamente inverosímeis e escapa ileso destruindo a entidade maléfica.

2 comentários:

Pedro disse...

E quando o filme começa com duas personagens que não se dão bem, ou são obrigadas a interagir um com o outro, e acabam sempre por se apaixonar e ficar juntos? Não gosto nada de filmes românticos de Hollywood, e daqueles classe B, o enredo é sempre este.

NLivros disse...

No cinema então há imensos clichés que tiveram o seu auge nas décadas de 40, 50 e 60. Esse é, sem dúvida, um deles, assim como também os triângulos amorosos que me irritam profundamente.